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Bill Ackman: redução dos juros nos EUA a partir de março ou maio é essencial 

Bill Ackman: redução dos juros nos EUA a partir de março ou maio é essencial 

O fundador da Pershing Square Capital Management, Bill Ackman, participou do painel “Economia Mundial e Geopolítica” na CEO Conference, evento online e gratuito do BTG, nesta terça-feira (6). 

Com a moderação de André Esteves, chairman e sócio sênior do BTG Pactual, Ackman compartilhou durante a sua participação no evento que acredita na redução dos juros por parte do Fed a partir de março ou maio, sob o risco de uma possível recessão americana. 

“Os juros têm de cair, seja em março ou maio, o Fed vai ter de começar a reduzir os juros logo, senão vamos ter uma recessão real”, avaliou.

Segundo ele, o cenário econômico futuro americano depende das decisões que o Fed tomar.  “Então, se vai ter uma recessão ou não depende muito do que o Fed fizer”, pontuou.

“Minha percepção do cenário da economia [nos EUA] neste momento é que a atividade está enfraquecendo e o mercado de trabalho também. Temos visto um número significativo de empresas todos os dias anunciando uma demissão de 3% ou de 5% [da força de trabalho].”

Ainda segundo o gestor, a inflação medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), já se encontra perto da meta do Banco Central de 2%

“A taxa de juros real nos EUA hoje está bastante alta em termos históricos e, apesar disso, a economia ainda parece forte. Então, isso é um pouco um enigma, mas penso que existem alguns fatores que estão se ajustando após a pandemia e isso traz riscos para a economia.”

Bill Ackman: Crescimento da dívida preocupa

Por último, ao falar sobre as suas preocupações em relação ao endividamento do país, o fundador da Pershing Square compartilhou que enxerga consequências do crescimento da dívida em alguns anos. 

“É um risco de longo prazo, mas estamos vivendo em um mundo em que os chineses são grandes compradores de títulos do Tesouro dos EUA. Mas neste momento, eles provavelmente são vendedores. Os russos costumavam possuir grande parte da sua dívida em Treasuries. Penso que o risco para o investidor de longo prazo é um prémio de rendimento ou o risco inerente dos Estados Unidos alavancados.”

Fed mantém taxa de juros nos EUA 

Na última reunião, o Fed anunciou que manteve a taxa de juros do país na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Durante a sua fala, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçou novamente que um corte na taxa de juros dos EUA na próxima reunião “não é o mais provável”. 

“Não é provável que esta comissão (Fomc) atinja o nível de confiança a tempo da reunião de março, que será daqui a sete semanas. Esse não é o mais provável”, disse Powell, em entrevista ao programa 60 Minutes da CBS.