Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Campos Neto defende ritmo de corte da Selic, mas admite reavaliação

Campos Neto defende ritmo de corte da Selic, mas admite reavaliação

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), reafirmou a estratégia do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic em 0,50 pontos percentuais por reunião nos próximos encontros. No entanto, ele ressaltou que essa abordagem pode ser reavaliada a cada decisão.

Entendemos que o ritmo de 50 bps é adequado. Vemos esse ritmo para as próximas reuniões, pelo menos duas à frente. Claro que tudo pode ser reavaliado na reunião”, afirmou Campos Neto durante o almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

Ele observou uma mudança “marginal” no cenário externo e afirmou que a inflação doméstica “está convergindo” para as expectativas do BC.

O último dado [de inflação] foi benigno, avaliamos que conseguimos continuar nesse passo. A gente tem uma série de incertezas, acho que o BC tem adotado essa postura prudente, O ritmo de 50bps é o mais apropriado e as coisas estão mais ou menos dentro do que a gente esperava”, acrescentou.

Publicidade
Publicidade

Para Campos Neto, a batalha não está ganha

Campos Neto enfatizou que “a batalha não está ganha e é preciso perseverar”, sinalizando a necessidade de manter a vigilância e a prudência na condução da política monetária. Ele lembrou que o BC tem um mandato de garantir a estabilidade de preços e que a inflação está abaixo da meta há três anos.

Na Inglaterra tem o pior dos mundos, com surpresa inflacionária ainda para cima. De forma geral estamos em desinflação mais lenta”, pontuou.

O presidente do BC também destacou que a instituição tem atuado para estimular a concorrência e a inovação no sistema financeiro, por meio de iniciativas como o open banking, o PIX e o sandbox regulatório.

Ele disse que o BC está comprometido com a agenda de sustentabilidade e que pretende lançar em breve um programa de incentivo ao crédito verde. Além disso, ele afirmou que o BC está trabalhando na modernização do real digital, que será uma moeda digital emitida pelo próprio BC.