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Cai turismo de brasileiros na Argentina

Cai turismo de brasileiros na Argentina

Nos últimos meses, o turismo de brasileiros na Argentina registrou uma queda significativa, refletindo mudanças econômicas e de consumo no país vizinho. Dados oficiais mostram que, antes mesmo do verão, o número de turistas brasileiros diminuiu, acompanhando tendências já observadas em países como Chile e Uruguai.

A desvalorização artificial do peso, mantida pelo governo de Javier Milei, tornou a Argentina menos acessível para estrangeiros. Ao mesmo tempo, a desaceleração da inflação alterou o cenário de preços baixos que atraiu muitos turistas em 2023. O turismo argentino acumula oito meses de declínio contínuo, com um recuo geral de 19,2% em novembro de 2024 em relação ao ano anterior.

A maior redução no fluxo de turistas brasileiros ocorreu em outubro, com uma queda de 20,3%. Comerciantes que dependiam do público brasileiro sentiram o impacto, como é o caso da Bodega Santa Júlia, em Mendoza, ícone do enoturismo argentino, que relatou uma redução de 20% no número de visitantes brasileiros.

Apesar de ainda atrair turistas interessados na gastronomia e nos vinhos de alta qualidade, a Argentina deixou de ser vista como um destino econômico. Comparações de preços entre supermercados no Brasil e na Argentina viralizaram recentemente, reforçando a percepção de que os custos no país subiram. Uma pesquisa da PriceStats aponta que, em janeiro, a Argentina está 19% mais cara do que o Brasil para a compra de uma cesta básica de alimentos e combustível.

Essa diferença de preços também afetou os hábitos de consumo dos brasileiros em viagem. Muitos relatam precisar trocar dinheiro com mais frequência, uma vez que o valor inicialmente planejado não cobre tantos dias de despesas. A preferência por pagamentos em dinheiro ainda é alta no país, com descontos que chegam a 20% para compras em espécie.

Por outro lado, a valorização do peso argentino favoreceu viagens de argentinos ao exterior, especialmente para destinos como Brasil e Chile, onde encontram preços mais atrativos para hospedagem, alimentação e lazer. Em novembro, o turismo emissivo cresceu 43%, evidenciando o interesse dos argentinos em viajar para fora do país.

Enquanto a Argentina tenta estimular o turismo doméstico, o governo enfrenta dificuldades para reverter as quedas no turismo receptivo. A proposta do secretário de Turismo, Daniel Scioli, de adiar o retorno das aulas em Buenos Aires para estimular o setor, foi rejeitada, refletindo a complexidade de equilibrar educação e estratégias econômicas.

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