O BTG Pactual ($BPAC11) divulgou um relatório com suas projeções para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que será anunciada na quarta-feira (26). O banco entende que dada a evolução do cenário macroeconômico, e com base nas falas recentes dos membros do Fed, a autoridade deve optar pela retomada do ciclo de alta de juros.
A instituição avalia que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) elevará a taxa de juros para o intervalo de 5,25% a 5,50%, após a “pausa estratégica” em junho.
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Na ocasião, pela primeira vez em mais de um ano, o banco central norte-americano comunicou que manteria as taxas de juros estáveis para entender como o aumento acumulado de cinco pontos percentuais afetou a economia de fato.
Fed não deve surpreender
O BTG pontua que a postura do comitê deve ser semelhante à da reunião anterior. O presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou a dependência dos dados para orientar a próxima decisão, na ocasião.
“Durante a coletiva de imprensa, é provável que Powell reconheça dados mais positivos em relação à inflação e a continuidade de uma melhora no mercado de trabalho. Vale ressaltar que nosso cenário base ainda inclui mais um aumento de juros, embora reconheçamos que a probabilidade para isso é menor do que antes”, escreve o estrategista Arthur Mota.
Jerome Powell, presidente da instituição, já disse acreditar que pelo menos mais duas altas nas taxas serão necessárias para controlar a inflação. A primeira delas é esperada para a decisão desta semana.
Com base nas recentes declarações de membros do FOMC, o BTG nota que alguns deles já estão mais inclinados a encerrar o ciclo de aumento de juros no nível atual. “Uma nova unanimidade revela mais uma vez que ‘contar’ votos até atingir uma maioria continuará sendo a maneira mais clara para antecipar as decisões”, aponta.
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Jackson Hole pode dar sinais sobre fim do ciclo
A distância entre a reunião de julho e de setembro é a maior do ano, o que abre espaço para o acúmulo de dados. A mesma tendência é observada entre maio e julho.
O FOMC deve incorporar quatro dados de inflação ao consumidor e ao produtor divulgados no período, e dois conjuntos de dados de mercado de trabalho, assim como indicadores de atividade.

“A grande surpresa de junho ficou para o núcleo de inflação, com variação de 0,16% em relação a maio, significativamente abaixo das estimativas do consenso de mercado, de avanço de 0,30%, embora já reconhecêssemos um viés baixista para a leitura”, observa Mota.
Durante esse intervalo, Powell deve fornecer maior clareza sobre o ciclo de juros em sua aparição em Jackson Hole, em agosto. Historicamente, o Fed tende a usar o simpósio para dar recados ao mercado.
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