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BTG (BPAC11) recomenda compra para Vale (VALE3), ao preço-alvo de R$ 115

BTG (BPAC11) recomenda compra para Vale (VALE3), ao preço-alvo de R$ 115

O BTG (BPAC11) analisou a atuação da Vale (VALE3), que registrou números abaixo do seu potencial no trimestre

O BTG (BPAC11) analisou a atuação da Vale (VALE3), que registrou números abaixo do seu potencial no trimestre. Apesar das adversidades, o banco citou a transitoriedade da empresa e desta forma, o BTG manteve a sua recomendação de compra para ações no preço-alvo de R$ 115.

A mineradora sofreu com chuvas intensas em Minas Gerais, que causaram impacto nos volumes de produção ao longo do trimestre. A Vale contabilizou US$ 6,37 bilhões em seu Ebitda, o que é 3% abaixo dos cálculos do banco de investimentos.

“Apesar dos desafios operacionais recorrentes, esperamos que a administração mantenha seu foco contínuo em alcançar estabilidade/confiabilidade operacional, e acreditamos que o limite inferior de sua meta de produção de minério de ferro de 320-335Mt ainda é alcançável.” informou trecho do relatório.

A transição da companhia para uma abordagem diferente de balanço contribuiu para a expansão da dívida líquida, em US$ 10-20 bilhões.  Segundo o BTG, este fator pode trazer uma maior flexibilidade para a Vale, que também anunciou o aumento do programa de recompra de ações.

BTG (BPAC11): recompra de ações

Para a administração da companhia, o programa de recompra de ações representa a valorização dos papéis que estão disponibilizados no mercado. Ao todo serão 500 milhões de ações adquiridas – cerca de 10% dos papéis que estão em circulação, um investimento de aproximadamente US$ 8 bilhões.

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“Esta recompra é mais que o dobro do tamanho do programa atual de 200 milhões de ações. Em nossa opinião, os investidores esperavam (simplesmente) uma renovação do programa atual, que foi quase totalmente executado em apenas ~6 meses (168 milhões de ações recompradas até agora). Portanto, a administração está comprando ações consistentemente, e esperamos que essa pressão de compra (geradora de valor)
continue apoiando as ações no médio prazo.” explicou o BTG.

Fortes preços no minério de ferro

A Vale registrou o Ebitda de US$ 5,8 bilhões na divisão de ferrosos ao longo do trimestre e este número representa queda de 9% no t/t.

Em contrapartida, os finos contabilizaram o montante de US$ 141,2/t, o que significa impacto positivo no mecanismo de precificação provisório. Também houve aumento do custo caixa C1, de US$ 16,5/t no quarto trimestre para US$ 18,7/t.  O Ebitda do setor somou US$ 49/t contra 50,4/t no quarto trimestre de 2021.

O banco também destacou a queda do Ebitda na divisão de metais básicos, onde a Vale computou a quantia de US$ 751 milhões, o que representa redução de 7% no trimestre. O segmento foi impactado devido a manutenção do projeto Sossego.

“Os preços realizados do níquel ficaram em US$ 10/lb (em linha), um aumento de 17% t/t, embora -16% menor em relação aos preços de referência.” citou.

Dívida líquida expandida

A empresa obteve queda em sua geração de fluxo caixa e somou o montante de US$ 1,2 bilhões no período, com um yield de 6%.  Os entraves para a mineradora foram o alto consumo do capital de giro, cerca de – US$ 720 milhões, e o aumento no valor dos pagamentos de impostos sazonais.

A dívida líquida expandida da Vale foi de US$ 19,3 bilhões, um crescimento US$ 4 bilhões no trimestre. Este déficit está relacionado à remuneração de acionistas no período e  aos impactos no BRL. Como ponto positivo, o banco realçou a alavancagem da empresa, que está dentro da meta. De US$ 15 bilhões para US$ 10-20 bilhões no período analisado.

“Os preços do minério de ferro devem permanecer apoiados no curto prazo, à medida que a produção de aço chinesa se recupera das baixas (a produção de março já anualiza ao norte de 1 bi), bem como a oferta marítima apertada, apesar do impacto dos bloqueios de covid na China. No nível micro, acreditamos que a história de baixo para cima da Vale poderia evoluir bem em 2022.” finalizou o BTG.

Resultado no 1TRI22

A mineradora Vale (VALE3) registrou lucro líquido de US$ 4,458 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1TRI22), queda de 19,6% na comparação com igual período de 2021.

Em comparação com o 4TRI21 houve uma queda de US$ 969 milhões no lucro líquido.

“O EBITDA sazonalmente menor e os maiores resultados financeiros do 4T21 explicam a queda, que foi parcialmente compensada pelo impacto positivo de US$ 1,1 bilhão do acordo vinculante para venda das operações de minério de ferro e manganês do Centro-Oeste e as provisões para descaracterização de barragens e Fundação Renova registradas no 4T21,” explica a mineradora.