O BTG Pactual (BPAC11) analisou o desempenho da Sequoia (SEQL3), em novo relatório divulgado nesta terça-feira (15). De acordo com a instituição financeira, a empresa que atua no setor de logística sofreu impacto neutro com o aumento dos combustíveis. O BTG mantém a recomendação de compra de ações, ao preço-alvo de R$ 23.
Para controlar a crise do petróleo, a Sequoia buscou o reajuste de contratos entre clientes e motoristas, o que garantiu o repasse do alto valor do combustível. A empresa acredita no aumento de volumes relacionados aos players asiáticos e também afastou rumores a cerca de uma possível greve de caminhoneiros como aconteceu em 2018.
O relatório ainda destacou as medidas cabíveis que a companhia adotou para suavizar as adversidades no setor, e desta forma, a Sequoia mantém o seu crescimento inabalável.
BTG (BPAC11): reajuste extraordinário no preço do combustível
A Sequoia precisou elaborar um plano de ação em virtude de sua alta demanda. Estes obstáculos estão relacionados ao aumento no preço dos combustíveis, o que representa + 31% no acumulado do ano.
A empresa também promoveu o seu reajuste anual e irá realizar uma correção extraordinária para clientes e motoristas no primeiro trimestre. Esta medida tem como objetivo equilibrar a receita com os custos e evitar possíveis prejuízos.
“Como tal, os custos crescentes de combustível não devem prejudicar as margens no curto prazo e sua expansão de margem a/a deve continuar. Dado o repasse do custo do combustível para sua base de caminhoneiros, a Sequoia não espera grandes interrupções em sua rede de entrega caso os caminhoneiros entrem em greve” informou trecho do relatório.
Mercado asiático
O relatório citou o mercado asiático e de acordo com a companhia, essas empresas buscam a expansão em suas operações no Brasil. A Shopee, por exemplo, oferece volumes mais voláteis ao longo do ano e dificulta o planejamento logístico em operações.
O principal foco da Sequoia é a redução no tempo de entrega, e desta forma, a empresa pretende investir em sua infraestrutura, o que irá garantir a expansão em sua capacidade de trabalho.
Também é previsto o aumento na participação de mercado no segmento B2C, o que representa cerca de 40% da receita líquida da Sequoia.
Plano de expansão
A Sequoia reiterou as novas aquisições, que constituem em um pilar para o crescimento da empresa. A companhia conta com a negociação de dois ativos: uma empresa de logística pura e outra de log-tech.
Em relação a logística tradicional, a companhia busca alvos que possuem receita líquida entre R$ 400-500 milhões. Neste prisma, a administração da Sequoia vê a possibilidade de expandir a alavancagem em até 2,0x – contra os 1,6x que foram registrados no quarto trimestre.
Por fim, o Banco BTG destacou a atuação da empresa no segmento o que garante lucros sólido, ou seja, 39% de crescimento para o lucro por ação entre 2022 e 2025.