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Brasileiros “adotam” FIIs e número de investidores explode em quatro anos

Brasileiros “adotam” FIIs e número de investidores explode em quatro anos

O percentual de investidores brasileiros que trocou o conforto e a segurança da poupança e outros modelos de renda fixa pelos chamados Fundos de Investimentos Imobilários (FIIs) nos últimos quatro anos é impressionante.

Segundo matéria publicada pelo E-Investidor, entre 2018 e 2022 o crescimento foi de 660%, passando de pouco mais de 208 mil pessoas para 1,583 milhão.

“No início, os fundos imobiliários eram classificados como investimentos alternativos. Naquela época (2005 e 2007), quando se falava em investimento alternativo, as pessoas achavam que era um negócio de altíssimo risco. Não é”, afirmou Laércio Boaventura, diretor de investimento Vectis Gestão.

Outro especialista em FIIs ouvido pela reportagem, Alessandro Vedrossi, sócio-diretor da Valora Investimentos, pontuou ainda que boa parte desta migração aconteceu pelo fato de a taxa Selic ter passado muito tempo na casa de 2% ao ano.

“A realidade é que, com a queda da taxa de juros, o investidor naturalmente para de aumentar dinheiro em CDI (renda fixa) e buscar alternativas de investimento”, resumiu. “É um produto que paga dividendo e tem segurança porque investe em imóveis ou em ativos ligados a imóveis”, completou.

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Como está o mercado de FIIs atualmente?

A taxa Selic não está mais em 2% ao ano (nem perto disso) e, naturalmente, os reflexos do novo índice, atualmente em 10,75% ao ano, atingiram quem havia migrado para os investimentos em FIIs.

Segundo um levantamento da Economatica feito para o E-Investidor, apenas os fundos de papel têm se dado bem no novo cenário econômico do País.

O retorno no acumulado do ano até agora foi de 0,94%, enquanto os demais chegaram a apresentar desempenho negativo na casa dos 14%.

Gabrielly Sanchez, especialista de Fundos Imobiliários (FIIs) da Ágora Investimentos, explicou o porquê desta situação.

“Há indicadores que precisamos analisar para ver se o ativo tem qualidade ou não. Temos que ver onde são localizados os imóveis, quem são os inquilinos, o prazo de contratos”, pontuou.

Segundo Sanchez,  ainda é possível apostar em um retorno financeiro para os próximos anos. “Os setores que estão comprometidos, como corporativos e os shoppings, são setores que a longo prazo apresentam um grande potencial”, ressaltou.

Fábio Souza, gerente de Produtos Financeiros da Ágora, apontou que, principalmente no caso de FIIs, pensar em longo prazo é fundamental para fazer a escolha correta.

“Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade no futuro porque a tendência é que aquilo que mais se valorizou se torne um investimento ruim”, explicou.

Souza apontou, entre as recomendações da Ágora Investimentos, FIIs de shoppings e lajes corporativas. como o FII Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), FII Campus Faria Lima (FCFL11), Kiena Renda Imobiliária (KNRI11) e FII Parque D.Pedro Shopping Center (PQDP11).