O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (24) que o Brasil registrou um déficit em transações correntes de US$ 9,774 bilhões em setembro, acima da expectativa do mercado, que era de US$ 7,75 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit chega a 3,61% do PIB.
Cenário da conta corrente e investimentos estrangeiros
Apesar do déficit, os investimentos diretos no país (IDP) tiveram desempenho superior ao projetado, alcançando US$ 10,671 bilhões, frente a uma previsão de US$ 6,5 bilhões.
O IDP inclui aportes de capital estrangeiro em empresas brasileiras, empréstimos de matrizes para filiais e investimentos brasileiros no exterior. Nos 12 meses encerrados em setembro, esses investimentos somaram US$ 75,843 bilhões, equivalentes a 3,47% do PIB, acima dos US$ 69,315 bilhões (3,11% do PIB) registrados no mesmo período de 2024.
Por outro lado, a remessa líquida de lucros e dividendos das empresas brasileiras para o exterior atingiu US$ 5,391 bilhões em setembro, superior aos US$ 4,320 bilhões do mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, essa saída de recursos totalizou US$ 39,297 bilhões.
Em resumo, o país enfrenta um déficit externo maior do que o esperado, mas continua atraindo investimentos estrangeiros diretos significativos, que ajudam a equilibrar as contas. Ao mesmo tempo, o aumento das remessas de lucros e dividendos contribui para pressionar o saldo da conta corrente.
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