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Brasil é 19º entre países mais atraentes para o investimento estrangeiro

Brasil é 19º entre países mais atraentes para o investimento estrangeiro

O Brasil recuperou seu lugar na lista dos 25 países mais atrativos para o Investimento Estrangeiro Direto (IED), conforme avaliação realizada pela consultoria Kearney. O país atingiu a 19ª posição no ranking, marcando seu melhor desempenho desde 2017.

Mark Essle, sócio da Kearney no Brasil, considera a volta do Brasil no top 25 uma notícia positiva, embora reconheça que o país ainda está distante de seu desempenho anterior. Durante as décadas de 2000 e início dos anos 2010, o Brasil chegou a ocupar o terceiro lugar. Em relação às economias em desenvolvimento, o país avançou duas posições e agora é considerado o quinto destino mais atraente.

Fonte: Kearney 2024 e Valor Econômico

Como funciona o índice de confiança do IED

O índice de confiança do Investimento Estrangeiro Direto (IED) da Kearney é elaborado através de entrevistas com executivos de empresas de 30 países, cuja receita anual excede US$ 500 milhões. O índice identifica os mercados com maior potencial para atrair investimentos diretos nos próximos três anos. Em 2024, os participantes demonstraram uma maior propensão para ampliar seus investimentos futuros: 88% afirmaram que planejam fazê-lo, em comparação com 82% em 2023.

Assim como o restante das Américas, o Brasil se beneficia do fato de que está perto dos Estados Unidos, país cuja economia vai muito bem. Neste momento em que o ‘nearshoring’ [tendência das multinacionais de se deslocar para perto de suas matrizes] se fortalece, o IED costumar seguir de perto a dinâmica da disputa geopolítica”, diz Essle em entrevista ao Valor Econômico. “Ao mesmo tempo, o Brasil também tem relacionamento estreito com a China e com a Europa, consegue caminhar entre os três blocos sem se comprometer com nenhum e é importante que continue assim.”

As mudanças na lista de prioridades dos investidores institucionais ao decidir onde alocar seus investimentos refletem a importância do contexto geopolítico e as preocupações com medidas protecionistas.

Edição de 2024 do Investimento Estrangeiro Direto

Na edição de 2024, a eficiência regulatória e a facilidade de mobilidade de capitais experimentaram um aumento significativo e se posicionaram entre os três principais interesses listados pelos participantes, com 15% e 14% de citações, respectivamente. Esses aspectos superaram questões como transparência regulatória (13%) e taxas de juros (11%). Enquanto isso, a capacidade tecnológica e de inovação permaneceu no topo das prioridades dos investidores, com 17% de citações.

Este último, no entanto, não é o caso brasileiro. “Quando olhamos com lupa, o interesse do investidor no Brasil está mais voltado a mineração, ao agronegócio, toda essa indústria de base atrai bastante investidor. A questão é: para não corrermos o risco de ter um novo voo de galinha, é preciso usar essa chance para viabilizar investimentos em infraestrutura e acompanhar essa maior demanda por exportação”, diz Essle na entrevista.

O relatório menciona a intenção do ministro dos Transportes, Renan Filho, de atrair R$ 180 bilhões em investimentos em rodovias e ferrovias nos próximos três anos. Além disso, o consultor destaca a oportunidade de produzir bens com baixa emissão de carbono incorporada.

Destaque para os países emergentes

Entre os países vizinhos, destaca-se a Argentina, que retornou ao ranking pela primeira vez desde 2013, ocupando a 24ª posição.

Ainda na entrevista ao Valor Econômico, Mark Essle destaca que o governo Javier Milei tem prometido reformas para estabilizar finanças do país, o que atrai o investidor. E as oportunidades lá são parecidas com a do Brasil: a Argentina é muito rica em recursos naturais importantes para a transição energética, como o lítio. “Se daqui 30 anos queremos ser emissão líquida zero de carbono, vamos precisar minerar mais do que em todo o restante da história da humanidade”, diz.

Os resultados gerais do ranking indicam que os investidores continuam focando principalmente nos países desenvolvidos. Além do Brasil e da Argentina, apenas seis países emergentes estão presentes no top 25 da Kearney.

Os Estados Unidos mantiveram sua posição no topo pelo 12º ano consecutivo. Enquanto isso, a China, que havia caído para a sétima colocação em 2023, retornou à terceira posição, impulsionada pelo afrouxamento do controle de capitais anunciado pelo governo em Pequim no segundo semestre.

Apesar disso, as economias emergentes apresentaram um desempenho melhor neste ano em comparação com o anterior. 84% dos entrevistados afirmaram que planejam manter ou buscar novos investimentos nesses mercados, um aumento de três pontos percentuais em relação a 2023.

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