Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Boletim Macro: Governo revisa PIB para baixo e prevê terceiro estouro da meta de inflação

Boletim Macro: Governo revisa PIB para baixo e prevê terceiro estouro da meta de inflação

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou nesta sexta-feira (17) o Boletim Macrofiscal, publicação trimestral que traz as expectativas para os principais indicadores da economia.

A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 foi revisada para baixo: de 2,1% para 1,61%.

tabela com projeção para o PIB 2023
Fonte: SPE

Além disso, a projeção de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou de 4,6% para 5,31%.

O número é superior à meta da inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo – ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior, 4,75%.

Em outras palavras, o Governo já espera que, em 2023, a inflação estoure novamente a meta, o que já aconteceu nos dois anos anteriores.

Publicidade
Publicidade
tabela com projeção para o IPCA 2023
Fonte: SPE


Segundo a SPE, a inflação dos alimentos e de bens industriais deverá desacelerar nos próximos meses. No entanto, os preços monitorados (administrados) devem subir mais que o inicialmente previsto, o que justificou a revisão para cima da projeção para o IPCA.

Segundo o Ministério da Fazenda, a projeção anterior, divulgada em novembro do ano passado, minimizava os efeitos dos juros altos sobre a economia e sobre o mercado de crédito.

“Esses efeitos [desaceleração econômica] já foram parcialmente verificados durante o último trimestre de 2022, quando a economia teve retração de 0,2% na margem, e as concessões de crédito passaram a desacelerar de maneira mais acentuada”, destacou o relatório.

Segundo a SPE, tanto o setor de serviços quanto a indústria deverão ser afetados pela queda da demanda provocada pela alta nos juros e pela contração do crédito. “A desaceleração da economia deve ocorrer tanto no setor de serviços como no industrial. O elevado endividamento e o comprometimento de renda da população devem afetar o ritmo das atividades no setor de serviços.”

De acordo com o Ministério da Fazenda, a desaceleração da indústria e dos serviços deve ocorrer, mesmo com as medidas de proteção social previstas, como elevação real do salário mínimo, aumento da faixa de isenção de Imposto de Renda, o novo Bolsa Família e o Desenrola, programa de renegociação de dívidas.

Demais indicadores

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para correção do salário mínimo e das aposentadorias, deverá encerrar o ano com variação de 5,16%, ante 4,9% da projeção de um trimestre atrás.

Na projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui o setor atacadista, o custo da construção civil e o consumidor final, caiu de 4,55% para 3,85%.

A projeção de déficit primário (resultado negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública) caiu de R$ 125,99 bilhões, valor previsto no início do ano, para R$ 99,01 bilhões.

Quanto à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), principal parâmetro usado para comparar o endividamento dos países, a previsão caiu de 79,1% para 77,6% do PIB.

tabela com projeção de indicadores 2023
Fonte: SPE

Projeções para 2024

Para o próximo ano, a expectativa é de PIB com alta de 2,34% (de 2,50% anteriores) e IPCA de 3,52% (de 3% anteriores).

A meta de inflação do próximo ano é de 3%, com intervalo entre 1,5% e 4,5%.

tabela com projeção de indicadores 2024
Fonte: SPE

Você leu sobre o Boletim Macrofiscal. Se quiser entender como todos estes indicadores mexem com os seus investimentos, fale com a EQI!