O Boletim Focus desta segunda-feira (23) trouxe revisão para cima da projeção da Selic, taxa básica de juros, de 2024: de 11,25% há uma semana, para 11,50%. Para 2025, a projeção segue em 10,50% e, para 2026, em 9,50%.
Vale lembrar, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic em 25 pontos-base na última quarta-feira (18), apontando que a atividade econômica ainda está forte no país, o que dificulta que a inflação atinja a meta de 3% ao ano.
O Focus também revisou para cima a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, de 2,96% para 3%, na sexta revisão sequencial de alta. Há um mês, a projeção era de 2,43%. Para 2025, a expectativa é PIB com alta de 1,90%. E, em 2026, a 2%.
A projeção da inflação medida pelo IPCA também teve revisão para cima, a décima sequencial. De 4,35% para 4,37% em uma semana. Há um mês, era de 4,25%. Para 2025, ela se manteve em 3,97% e, em 2026, em 3,62%.
As projeções para o câmbio se mantiveram iguais às da semana passada.

O que é o Boletim Focus?
O Boletim Focus é um relatório elaborado pelo Banco Central a partir de projeções de profissionais que trabalham em bancos, corretoras, outras instituições financeiras, participantes do mercado financeiro e da sociedade com um todo.
De acordo com o Banco Central (BC), o relatório resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.
Esses profissionais preenchem, toda a semana, uma pesquisa do Banco Central, atualizando suas projeções para indicadores como:
- Crescimento da economia (PIB);
- Índices de inflação;
- Taxa de câmbio;
- Dívida pública,
- Balança comercial e
- Taxa Selic (taxa básica de juros).
Reunindo todos esses dados, o Boletim Focus divulga a média das previsões dos especialistas em macroeconomia e mercado financeiro. Tais previsões acabam servindo de “guia” na tomada de decisões, como nos investimentos, por exemplo.