O Banco Central Europeu (BCE) manteve suas taxas de juros inalteradas pela quarta reunião consecutiva. A taxa de refinanciamento permaneceu no patamar de 4,50%, enquanto a taxa sobre depósitos ficou em 4,0%. Além disso, a taxa sobre empréstimos marginais continuou em 4,75%. A decisão, divulgada nesta quinta-feira (7), veio em linha com as projeções do mercado.
Em novembro de 2023, o BCE interrompeu um ciclo de alta dos juros de 10 reuniões consecutivas, após elevação de 450 pontos-base da taxa de refinanciamento do bloco.
Na última ata divulgada pelo BCE, a autoridade monetária comunicou que os membros consideram que a política adotada tem apresentado os resultados esperados. No entanto, houve consenso de que era prematuro discutir cortes nas taxas.
Na decisão, o banco comentou que, embora a maior parte das medidas da inflação subjacente tenham recuado ainda mais, as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas. Grande parte disso vem pelo forte crescimento dos salários.
Além disso, o colegiado julga que, se mantidas por um período suficientemente longo, as taxas neste nível contribuirão substancialmente para o objetivo de levar a inflação à meta.
“As futuras decisões do conselho do BCE garantirão que as taxas diretoras serão fixadas em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário.”
Inflação na zona do euro: BCE revisa estimativas
Na decisão desta quinta-feira, o BCE comunicou que, desde a última reunião, em janeiro, a inflação na zona do euro voltou a diminuir. Nas últimas projeções dos especialistas do BCE, as projeções para os preços foram revisadas para baixo para 2024, o que reflete principalmente uma contribuição menos dos preços de energia.
Os membros estimam, agora, uma inflação média de 2,3% em 2024, 2,0% em 2025, e 1,9% em 2026. As projeções para o núcleo da inflação, que exclui energia e alimentos, também foram revisadas para baixo, em 2,6% para 2024, 2,1% para 2025 e 2,0% para 2026.
As condições de financiamento permanecem restritivas e as elevações anteriores das taxas de juros continuam pesando sobre a demanda, o que tem ajudado a reduzir a inflação, avalia o BCE.
Além disso, os dirigentes revisaram para baixo as projeções de crescimento de 2024 para 0,6%, prevendo que a atividade econômica permanecerá moderada no curto prazo. Posteriormente, os membros do banco central esperam que a economia se recupere e cresça 1,5% em 2025, e 1,6% em 2026, apoiada inicialmente pelo consumo, e mais tarde pelo investimento.





