O déficit em conta corrente somou US$ 60 milhões em novembro, informou o Banco Central do Brasil (BC) na manhã desta quarta-feira (21).
De acordo com a autoridade monetária, no ano até novembro o déficit alcançou os US$ 44,616 bilhões.
Segundo projeções do mercado, o referido déficit em conta corrente em novembro vem menor que as medianas das estimativas (-US$ 2,0 bilhões).

Déficit em conta corrente: relatório
Conforme o relatório, em novembro de 2021 as transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$ US$8,5 bilhões, enquanto os déficits em serviços e em renda primária recuaram US$ 212 milhões e US$ 665 milhões, respectivamente.
Nos doze meses encerrados em novembro de 2022, o déficit em transações correntes somou US$ 52,4 bilhões (2,78% do PIB), ante US$ 60,8 bilhões (3,26% do PIB) em outubro de 2022, e US$ 47,5 bilhões (2,89% do PIB) em novembro de 2021.

Balança comercial
O levantamento aponta, ainda, que a balança comercial de bens foi superavitária em US$ 5,1 bilhões em novembro de 2022, ante déficit de US$ 2,3 bilhões em novembro de 2021. As exportações de bens totalizaram US$ 28,9 bilhões, aumento interanual de 39,3%, e as importações de bens somaram US$ 23,7 bilhões, incremento de 3,0%, na mesma base de comparação.
Também traz que em novembro o déficit em serviços somou US$ 2,5 bilhões, redução de 7,7% em relação a novembro de 2021. As despesas líquidas com transportes totalizaram US$ 1,5 bilhão, ante US$ 1,7 bilhão em novembro de 2021. As viagens internacionais permaneceram em trajetória de recuperação, com despesas líquidas de US$ 641 milhões, ante US$ 298 milhões em novembro de 2021. As despesas líquidas de aluguel de equipamentos somaram US$549 milhões, mesmo patamar de novembro de 2021.

BC Brasil
No mês, o déficit em renda primária totalizou US$ 3,0 bilhões, redução de 18,4% comparativamente aos US$ 3,6 bilhões de novembro de 2021. As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$ 2,3 bilhões, declínio de 20,5% em relação a novembro de 2021. As despesas líquidas com juros diminuíram 9,4%, para US$ 656 milhões, ante US$ 724 milhões registrados em novembro de 2021.
Já os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 8,3 bilhões em novembro de 2022, ante US$ 5,0 bilhões em novembro de 2021. Os ingressos líquidos em participação no capital atingiram US$ 4,8 bilhões e em operações intercompanhia, US$ 3,5 bilhões. Nos doze meses encerrados em novembro de 2022, o IDP totalizou US$ 77,1 bilhões (4,09% do PIB), ante US$ 73,8 bilhões (3,96% do PIB) no mês anterior e US$ 52,7 bilhões (3,20% do PIB) em novembro de 2021.
Investimentos em carteira
Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de US$ 3,5 bilhões em novembro de 2022, compostos por US$ 2,4 bilhões em investimentos em ações e fundos de investimento e US$ 1,2 bilhão em títulos de dívida. Os ingressos líquidos de investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram US$ 2,5 bilhões nos doze meses finalizados em novembro de 2022.
Reservas internacionais
As reservas internacionais atingiram US$ 331,5 bilhões em novembro de 2022, aumento de US$ 6,0 bilhões em comparação ao mês anterior. O resultado decorreu, primordialmente, de contribuições positivas das variações de paridades, US$ 2,8 bilhões, e de preços, US$ 1,6 bilhão. A receita de juros totalizou US$ 573 milhões.
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