Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Base Exchange: bolsa do Rio deve começar a operar no meio do ano

Base Exchange: bolsa do Rio deve começar a operar no meio do ano

A Base Exchange, nova bolsa de valores brasileira com sede no Rio de Janeiro, deve iniciar suas operações no segundo semestre de 2025, após um período de testes previsto para o início do ano. Com financiamento do fundo soberano Mubadala, de Abu Dhabi, e desenvolvida pela empresa de tecnologia Flowa (antiga Americas Trading Group), a nova bolsa surge mais de 20 anos após a fusão da Bovespa com a bolsa do Rio — e com a ambição de mudar a estrutura do mercado financeiro nacional.

Logo de início, a Base Exchange pretende negociar ações, fundos imobiliários e ETFs, contando com estrutura própria de compensação e liquidação, segundo o CEO, Claudio Pracownik. A expansão para derivativos e contratos futuros está prevista para fases posteriores.

Proposta moderna e voltada ao participante

Com um modelo focado na descentralização e na eficiência, a Base Exchange busca oferecer mais autonomia para os participantes do mercado, principalmente corretoras e investidores institucionais. Um dos pilares do projeto é permitir que os agentes mantenham seus sistemas atuais sem grandes adaptações. Para isso, a empresa está desenvolvendo conectores compatíveis com os principais sistemas de pós-negociação usados no país como Sinacor, Dimensa e Inoa.

A estrutura de precificação ainda não foi divulgada oficialmente, mas será baseada em modelos internacionais reconhecidos por promover diversidade e alinhamento entre os diferentes participantes do mercado. A intenção é oferecer um modelo transparente e menos concentrado, em contraste com críticas ao atual sistema dominante da B3, que, segundo os desenvolvedores da nova bolsa, concentra parte excessiva do valor gerado no mercado.

Regulação em andamento e testes operacionais

A operação da Base Exchange ainda depende de autorizações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central. A expectativa é que essas permissões sejam concedidas. Uma vez autorizada, a regulamentação exige que a operação comece dentro de um prazo de até seis meses.

Os testes previstos incluem simulações operacionais, validação de sistemas e entrevistas com os gestores. Já há estrutura tecnológica preparada para ciclos de liquidação mais curtos — como D+1 e até D+0 — o que pode reduzir o risco sistêmico e melhorar a eficiência do capital alocado.

Liquidez garantida desde o lançamento

Para dar tração desde o primeiro dia, a Base Exchange está formando um grupo estratégico de acionistas, com previsão de entrada de seis a oito participantes institucionais, incluindo bancos nacionais e internacionais, investidores institucionais e operadores de alta frequência. Parte desse modelo já foi testado em simulações com instituições do mercado.

Risco ou oportunidade para o mercado?

Enquanto a B3 argumenta que a entrada de uma nova bolsa pode fragmentar a liquidez e elevar os custos totais de transação, outras vozes do setor enxergam na nova bolsa uma chance de melhorar o ambiente de negócios e estimular a inovação.

A sustentabilidade de duas bolsas no país ainda é uma questão em aberto. Especialistas apontam os desafios fiscais, os juros altos e a baixa quantidade de empresas listadas como barreiras para esse novo modelo prosperar. Por outro lado, a Base Exchange aposta em tecnologia, flexibilidade e redução de custos para conquistar espaço no mercado.

O mercado se prepara para mudanças

A entrada da Base Exchange pode representar um marco no mercado de capitais brasileiro. Ainda que enfrente barreiras regulatórias e desafios estruturais, a proposta de uma alternativa moderna à B3 sinaliza um movimento claro em direção à diversificação, inovação e maior competitividade.

Se der certo, o investidor brasileiro poderá sair ganhando — com mais opções, menores custos e um mercado mais dinâmico.

Você leu sobre Base Exchange. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!