A Austin Rating, agência de classificação de risco brasileira, alterou a nota de crédito soberano do Brasil de estável para positiva, em moeda local. A agência classificou o país como BB+. O rating de crédito soberano reflete a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros.
Em moeda estrangeira, a agência manteve a perspectiva como estável, também com nota BB+.
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A avaliação do rating em moeda local considerou uma melhoria no ambiente fiscal, com a aprovação do novo arcabouço fiscal, que prevê retomada do equilíbrio das contas públicas já a partir de 2024, com resultado primário em 0% do PIB.
Outro ponto importante que, segundo a Austin Rating “também pesou na decisão”, foi a perspectiva de uma queda dos juros “em breve”.
O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, disse: “estamos a um degrau para voltar a atingir o grau de investimento para o Brasil. É uma questão de tempo para que os fundamentos da política monetária, equilíbrio fiscal e a retomada da confiança do consumidor e indústria se consolidem para essa conquista”.
A classificação positiva para o Brasil nessa categoria não acontecia desde janeiro de 2020.
Fitch eleva nota de crédito do Brasil para BB com perspectiva estável
A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável, na quarta-feira (26).
“A atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”, afirma a agência.
“Apesar das persistentes tensões políticas desde o rebaixamento de 2018, o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais. O novo governo esquerdista de Lula defende um afastamento da agenda econômica liberal dos governos anteriores. No entanto, a Fitch espera que o pragmatismo e os freios e contrapesos institucionais mais amplos evitem desvios radicais de macro ou micropolítica, enquanto o governo também está buscando iniciativas para apoiar o setor privado (por exemplo, reforma tributária)”, complementa.
Um mês antes, o S&P reforçou a aposta no Brasil ao revisar sua perspectiva e reafirmar ratings, conforme relatório divulgado ao mercado.
De acordo com o banco de investimentos, a instituição revisou sua perspectiva de “estável” para “positiva” e reafirmou seus ratings de crédito soberano “BB-/B”.
Também traz que os sinais de maior certeza sobre políticas fiscais e monetárias estáveis podem beneficiar as atuais perspectivas de baixo crescimento do PIB do Brasil.
Além disso, acrescentou que apesar do déficit fiscal ainda elevado, o crescimento contínuo do PIB mais a estrutura emergente para a política fiscal podem resultar em um aumento menor do ônus da dívida do governo do que o inicialmente esperado
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- Veja também: S&P reforça aposta no Brasil ao revisar perspectiva e reafirmar ratings
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