O S&P reforça sua aposta no Brasil ao revisar perspectiva e reafirmar ratings, conforme relatório divulgado ao mercado nesta data.
De acordo com o banco de investimentos, a instituição revisou sua perspectiva de “estável” para “positiva” e reafirmou seus ratings de crédito soberano “BB-/B”.
Também traz que os sinais de maior certeza sobre políticas fiscais e monetárias estáveis podem beneficiar as atuais perspectivas de baixo crescimento do PIB do Brasil.
E acrescenta que apesar do déficit fiscal ainda elevado, o crescimento contínuo do PIB mais a estrutura emergente para a política fiscal podem resultar em um aumento menor do ônus da dívida do governo do que o inicialmente esperado.
S&P reforça aposta no Brasil
Ainda de acordo com o relatório, os riscos de reformas serem revertidas ou fracas na implementação têm diminuído no Brasil. “Menor inflação e relaxamento monetário devem apoiar perspectiva de crescimento do Brasil”, destacou.
E disse mais: “quadro político e no Congresso levam a reformas muito lentas no Brasil. Esperamos aprovação da nova regra fiscal no curto prazo.”
Por fim, elencou que o arcabouço será mais frouxo que teto de gastos, mas manterá gatilhos que levaram à melhora fiscal.
Investidor estrangeiro
Levantamento da B3 (B3SA3) destaca que no acumulado do mês a entrada está positiva em R$ 4,53 bilhões e, no ano, o saldo positivo acumula recursos de R$ 11,4 bilhões. Nos últimos 10 pregões, o saldo é positivo em R$ 2,46 bilhão, sendo que oito deles tiveram resultados positivos.
Haddad
Vale lembrar que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pretende convencer o Senado a atrelar as discussões sobre a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia à segunda fase da reforma tributária, prevista para tramitar no segundo semestre no Congresso Nacional. Segundo ele, faz mais sentido deixar o tema para o momento em que os tributos sobre a renda forem redesenhados.
Levantamento da Agência Brasil aponta que o ministro disse que a proposta aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado ontem é inconstitucional. “O próprio Congresso aprovou uma emenda constitucional dizendo que esse benefício [a desoneração da folha] tinha data para acabar. Então estamos sensibilizando os senadores. Vamos insistir que a oportunidade para a discussão não é agora, é para depois da [primeira fase da] reforma tributária, para que a gente possa se debruçar sobre isso”, comentou.
Também traz que em primeira votação a CAE aprovou a extensão até 2027 da desoneração da folha de pagamento para os setores que teriam o benefício até o fim do ano. A proposta ainda precisa ser votada em segundo turno pela comissão. Caso não haja recurso para votação no Plenário do Senado, o texto irá direto para a Câmara dos Deputados.
Proposta alternativa
Ainda de acordo com a agência, a equipe econômica de Haddad trabalha em uma proposta alternativa sobre o tema, que pode ser inserida na segunda fase da reforma tributária. “Estamos procurando ser respeitosos com o Congresso. Estou pedindo a confiança de que, depois da [primeira fase] da reforma tributária, vamos entrar na segunda fase em que outros tributos serão redesenhados. Os benefícios previstos têm vigência até fim do ano, não consigo entender a pressa”, declarou.
- O S&P REFORÇA APOSTA NO BRASIL E O INVESTIDOR PODE FAZER O MESMO AO INVESTIR COM ASSERTIVIDADE