A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, divulgada nesta quarta-feira (22), mostrou que dirigentes ficaram mais preocupados sobre a falta de progresso no processo de queda da inflação no país.
Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), indicaram, no documento, que não tinham confiança para avançar com um corte nas taxas de juro do país na ocasião, em 30 e 1° de maio, portanto decidiram manter as Fed Funds no patamar de 5,25% a 5,50% pela sexta vez consecutiva.
A ata do Fed indicou apreensão dos dirigentes sobre quando seria a hora de flexibilizar a política monetária dos EUA. O banco central norte-americano tem como meta uma inflação de 2% no ano e todos os indicadores mostraram aumentos de preços bem acima dessa marca.
“Os participantes observaram que, embora a inflação tenha recuado ao longo do ano passado, nos últimos meses não houve progressos adicionais em direção ao objectivo de 2% do Comitê“, afirma a ata do Fed. “Os dados mensais recentes mostraram aumentos significativos nos componentes da inflação dos preços de bens e serviços.”
O FOMC votou por unanimidade na reunião para manter a sua taxa de referência de curto prazo inalterada. O patamar é o maior nos últimos 23 anos, e permanece o mesmo desde julho de 2023.
Ata do Fed: dirigentes consideraram alta de juros
Segundo o documento, “vários participantes” mencionaram ter disposição para apertar a política monetária, “caso os riscos para a inflação se materializem de forma que tal ação se torne apropriada”.
Os dirigentes do Fed observaram, conforme o documento, “incerteza sobre a persistência da inflação e concordaram que os dados recentes não aumentaram sua confiança de que a inflação estava se movendo de forma sustentável em direção a 2%”.
Além disso, eventos geopolíticos também são considerados no aumento de preços das commodities, o que é considerado um risco de alta para a inflação.
Os membros do comitê também expressaram preocupação com o fato de consumidores estarem recorrendo formas de financiamento mais arriscadas para continuarem gastando.





