Assessores do presidente eleito Donald Trump estão avaliando a implementação de um plano tarifário focado em importações críticas específicas, aplicável a todos os países, segundo o Washington Post.
A reportagem, que cita três fontes não identificadas familiarizadas com as discussões, sugere que a proposta representa uma redução significativa das tarifas universais de 10% a 20% prometidas por Trump durante a campanha eleitoral. O jornal americano informou que a equipe de transição de Trump não respondeu aos pedidos de comentário.
Caso seja implementado, o plano deve evitar grandes distorções no comércio internacional e o aumento de preços ao consumidor previstos pelas tarifas universais. No entanto, os detalhes sobre quais setores seriam afetados ainda não estão claros.
De acordo com o Washington Post, a proposta provavelmente se concentrará em áreas consideradas essenciais para a segurança econômica e nacional, como a cadeia de suprimentos de defesa e materiais estratégicos, incluindo aço, ferro, alumínio, cobre, seringas, agulhas e painéis solares.
Fontes consultadas pelo jornal também mencionaram a possibilidade de tarifas sobre minerais de terras raras e baterias, além de insumos farmacêuticos.
A proposta busca alinhar-se aos objetivos de Trump de reforçar a produção doméstica e reduzir a dependência externa em setores críticos.
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Impacto no comércio e na economia
Apesar de ainda não estar claro se essa política se aplicará a outras propostas tarifárias de Trump, como as tarifas de 60% sobre produtos chineses e 25% sobre importações do México e Canadá, o impacto inicial já é perceptível.
Empresas começaram a se adaptar ao cenário de incertezas, antecipando pedidos, diversificando fornecedores e renegociando contratos. Essas medidas podem gerar um aumento temporário nas importações e desorganizar cadeias de suprimentos globais.
Trump desmente os planos de tarifa
Trump desmentiu a notícia do Washington Post sobre tarifas limitadas a setores específicos, acrescentando que as fontes citadas na matéria não existem.
“A matéria do Washington Post, citando as chamadas fontes anônimas, que não existem, afirma incorretamente que minha política tarifária será reduzida. Isso está errado. O Washington Post sabe que está errado. É apenas mais um exemplo de Fake News”, escreveu o futuro presidente em uma publicação na plataforma Truth Social.
“Ainda achamos que a história do Post está correta, mas Trump quer manter sua opcionalidade em aberto”, comentou Andrew Brenner, da NatAlliance Securities.
*notícia atualizada às 13h47 para acrescentar a informação de Trump
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