A Arábia Saudita está negociando sua entrada no Brics, o grupo dos cinco principais países emergentes na economia mundial: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A informação foi dada pelo presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, logo após encontro com o príncipe herdeiro saudita, Mohamed Bin Salman, em Riad.
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Após encontro no palácio sede do governo saudita, Ramaphosa disse que Bin Salman expressou o desejo de fazer parte do Brics, o que vem sendo demonstrado por outros países. O líder sul-africano disse que a expansão será discutida pelos demais países no momento oportuno.
De acordo com analistas, os atuais componentes dos Brics veem com bons olhos a possível entrada de um dos principais produtores de petróleo do mundo, a despeito de diversos relatos de desrespeito aos direitos humanos na Arábia Saudita.
A informação vem no momento em que circulam nos veículos especializados informações de que há outros países manifestando o interesse em fazer parte do grupo das economias emergentes, como Egito, Turquia, Argélia, Irã e Argentina, cuja adesão já teve apoios declarados de China e Índia.
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Os que é o Brics
O nome Brics foi dado ao agrupamento de países considerados as maiores economistas emergentes do mundo, fora do domínio tradicional de Estados Unidos e União Europeia. Inicialmente considerado um “grupo político”, o grupo nunca conseguiu avançar na formação de acordos multilaterais de livre comércio e circulação entre os países.
O Brics anunciou neste ano, contudo, suas primeiras medidas concretas, com a criação do New Development Bank, um banco de desenvolvimento, e fomento, e a formação de um sistema unificado de pagamentos.
Para analistas do cenário político e econômico internacional, a entrada a Arábia Saudita no bloco seria uma forma do os países emergentes buscarem um contraponto às políticas comerciais dos Estados Unidos, especialmente no setor energético, um dos mais afetados pela guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em março deste ano.
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