A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que está investigando a exibição de uma cotação do dólar no Google com valor superior ao oficial.
O buscador apresentou o dólar a R$ 6,38, enquanto a última cotação oficial, registrada na segunda-feira (23), havia encerrado a R$ 6,18. Diante dessa discrepância, a AGU enviou ofício ao Banco Central (BC) solicitando informações para subsidiar uma possível atuação da Procuradoria-Geral da União.

O problema ocorreu em um momento peculiar: durante o feriado de Natal, quando o mercado financeiro brasileiro estava fechado, e não havia nova definição da taxa de câmbio oficial (Ptax).
Segundo o advogado-geral da União, Jorge Messias, a atuação da AGU visa combater a disseminação de desinformação econômica, que pode impactar a sociedade. “Informações de fontes desconhecidas sobre a cotação real do dólar não refletem os dados oficiais e devem ser verificadas”, destacou Messias.
Disparidade levanta questionamentos
A exibição do dólar a R$ 6,38 no Google gerou perplexidade, sobretudo porque o feriado impedia atualizações oficiais. O ofício enviado ao BC solicita dados como a cotação da moeda em outros países e se esses valores poderiam influenciar o câmbio brasileiro durante o período. Além disso, a AGU destacou a necessidade de urgência na resposta do Banco Central, apontando a relevância do tema.
Em nota, o Google afirmou que as informações exibidas em sua plataforma provêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros. A empresa garantiu que trabalha para assegurar a precisão das informações e que já retirou do ar o dado incorreto, afirmando que está investigando o ocorrido.
Contexto econômico aumenta atenção ao câmbio
A cotação do dólar tem sido um tema sensível no Brasil, especialmente devido às recentes oscilações causadas pelo debate em torno do pacote fiscal do governo federal.
A alta do dólar, que já alcançou picos de R$ 6,26 em dezembro, reflete preocupações dos investidores com a sustentabilidade das contas públicas. O Banco Central, por sua vez, realizou leilões de dólares para tentar conter o avanço da moeda.
Com o episódio envolvendo o Google, a AGU reforça a necessidade de fontes confiáveis para a divulgação de dados econômicos, sobretudo em um contexto em que o câmbio é um termômetro da confiança do mercado no governo e na economia brasileira.
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