O Tesouro Nacional divulgou na segunda-feira (11) a 5ª edição do Raio X das empresas dos Estados brasileiros, um painel com informações de 292 empresas controladas pelos governos estaduais.
O relatório revela que 40% dessas estatais tiveram prejuízo em 2022, um aumento em relação a 2021, quando 37% das empresas, ou 112 companhias, tiveram resultado negativo.
Segundo o documento, as estatais dependentes, que recebem recursos dos orçamentos estaduais para cobrir suas despesas, foram as que apresentaram piores resultados. Das 116 empresas que tiveram prejuízo em 2022, 54% eram dependentes, enquanto 29% eram não dependentes.
O Tesouro afirma que isso pode indicar que a gestão das estatais não dependentes é melhor, mas também pode refletir o fato de que alguns setores de serviços essenciais, como transporte e habitação, são predominantemente dependentes e têm como finalidade atender a políticas públicas e não gerar lucro.
O relatório também analisa o resultado das estatais estaduais por segmento empresarial. O setor de energia foi o que obteve o maior lucro em 2022, com R$ 9,5 bilhões. Em seguida, vieram os setores de saneamento, com R$ 7,5 bilhões, e financeiro, com R$ 3,2 bilhões.
Por outro lado, o setor de transporte foi o que registrou o maior prejuízo no período, com R$ 8,2 bilhões. O documento destaca que esse setor é deficitário principalmente por causa das companhias de metrô. Outro setor que teve perdas foi o de habitação e urbanização, com cerca de R$ 222 milhões.
Das 292 empresas controladas pelos Estados, 254 estão em situação ativa e 38 em fase de liquidação. O Tesouro ressalta que o Raio X das empresas dos Estados brasileiros tem como objetivo dar transparência e fomentar o debate sobre a gestão das estatais estaduais.