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Cogna (COGN3): mudança na presidência não altera perspectivas, diz BTG Pactual

Cogna (COGN3): mudança na presidência não altera perspectivas, diz BTG Pactual

Depois de 11 anos, a Cogna (COGN3) anunciou, através de um fato relevante publicado ontem (10), que o CEO Rodrigo Galindo sairá do posto para assumir a presidência do conselho de administração do grupo educacional. Em seu lugar, assume o CEO da Kroton, Roberto Valério, que é a divisão de ensino superior e principal negócio do grupo. 

Valério está na empresa há oito anos. Antes disso, ele fazia parte da Anhanguera, faculdade adquirida pela Cogna. 

A mudança será feita a partir de 28 de março, quando será divulgado o balanço de 2021 da companhia.

Em entrevista ao Valor Econômico, Galindo relata que tinha decidido participar do conselho de administração da empresa em janeiro de 2019, mas a pandemia de covid-19 prorrogou ainda mais esse prazo.

Apesar da indicação de Valério há quase três anos, a ida de Galindo para o conselho provocou uma surpresa no mercado. Uma vez que o seu nome era bastante ligado a Cogna. Ele entrou na empresa em 2010, depois do grupo educacional de sua família, o Iuni, ter sido incorporado pela Kroton. Mas ao invés de sair da operação, Galindo decidiu continuar e foi escolhido presidente da Kroton aos 34 anos. 

Durante a sua gestão, Galindo liderou os processos transformacionais no mercado, como a expansão do ensino a distância, ao comprar em 2011 a Unopar. Ingressou no mercado em educação básica ao adquirir a Somos Educação por R$ 4,6 bilhões. Nestes 11 anos, foram 18 compras de faculdades e nove startups.

Em 2010, quando assumiu a Kroton, a companhia tinha 85 mil alunos. Hoje o grupo, que em 2019 passou a se chamar Cogna, tem cerca de 1 milhão de matriculados no ensino superior e mais 1,3 milhão de alunos usando seus materiais didáticos na educação básica.

O período não foi apenas de glórias, Galindo também sofreu reveses como CEO da Cogna. A maior delas foi a negativa da fusão com a Estácio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em 2017.

Relatório do BTG Pactual se mantém neutro com a Cogna

Com o anúncio das mudanças no comando da Cogna, a equipe de research do BTG Pactual publicou, na manhã de hoje (11), um relatório que recomenda a neutralidade sobre a empresa educacional. 

De acordo com os analistas, o cenário para o segmento de graduação ainda continua bastante desafiador, dada  a alavancagem operacional negativa da Kroton. Com isso, a  alta alavancagem financeira da Cogna deve continuar a impedir a geração de fluxo de caixa para o acionista no curto prazo.

Deste modo, o BTG Pactual se mantém neutros em relação a Cogna, com preço-alvo de R$ 2,60. O preço atual está na casa dos R$ 2,40. 

Mesmo com a mudança na direção da companhia, os analistas entendem que o grupo educacional deve continuar com a mesma estratégia de operações, visto que Valério já era considerado por muitos stakeholders o braço direito de Galindo.