Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
/Negócios
Artigos
O caso Nubank: um banco nem tão banco assim

O caso Nubank: um banco nem tão banco assim

Você já parou para pensar o que torna um banco, de fato, um BANCO?

Dias atrás, o Nubank alcançou a marca de 70 milhões de clientes na América Latina.

Reprodução de título de matéria jornalística
Fonte: Exame

Só no Brasil, onde a fintech possui maior mercado, são mais de 66 milhões de usuários.

Para você ter uma ideia do tamanho desse feito, fazendo uma conta de padaria, aproximadamente 31% de toda a população brasileira utiliza algum serviço do Nubank hoje.

3 em cada 10 pessoas que você conhece — seus amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho — são clientes do banco.

Fazem compras diariamente no cartão de crédito…

Pagam boletos com a conta digital…

Pegam empréstimos e investem.

E se esse dado não te diz lá muita coisa, aqui vai outro:

Se o Nubank fosse um país, ele já estaria no top 20 países mais populosos do planeta!

Ficando à frente de nações como Itália (23ª), França (22ª), Reino Unido (21ª) e Tailândia (20ª).

Imagem total população. Fonte: Banco Mundial

Veja… O Caso Nubank chama atenção por algumas razões…

A primeira delas está no pouquíssimo tempo de vida da companhia.

A startup brasileira, fundada por David Vélez, Edward Wible e Cristina Junqueira, não tem sequer 10 anos de vida.

O primeiro produto foi lançado duas Copas do Mundo atrás, em 2014, quando o Nubank agitou o mercado entregando para o consumidor de baixa renda um cartão de crédito internacional sem anuidade e completamente gerenciado por um aplicativo.

Em 2018, obteve autorização do Banco Central para atuar de fato como instituição financeira, passando a conceder empréstimos e financiamentos aos seus clientes.

Foi também neste ano que a empresa alcançou o status de startup unicórnio, com seu preço de mercado atingindo 1 bilhão de dólares.

Reprodução de título de matéria jornalística
Fonte: Tecnoblog

Em 2021, quando já estava entre as cinco maiores instituições financeiras da América Latina, o Nubank recebeu um mega investimento da Berkshire Hathaway.

Se você não faz ideia de que empresa é essa, basta saber que o CEO da companhia é ninguém menos que Warren Buffett, o maior investidor de todos os tempos.

Reprodução de título de matéria jornalística
Fonte: EuQueroInvestir

O crescimento exponencial da startup não parou por aí…

Em janeiro deste ano, logo depois do IPO na Bolsa de Valores de Nova York, o Nubank se tornou a sétima empresa com maior valor de mercado na América Latina.

Sendo avaliado em mais 44 bilhões de dólares — na cotação atual, algo em torno de R$ 242 bilhões.

Tabela com empresas mais valiosas da América Latina
Fonte: G1

São números impressionantes, é claro… Mas isso não é tudo.

A verdade é que a empresa, pelo menos lá atrás, teve a coragem de abraçar um modelo de negócio totalmente disruptivo.

Por quê?

Bem… Onde seus avós possuem conta bancária?

Provavelmente em um dos cinco maiores bancões varejistas do país, certo?

Ao longo das últimas décadas, o mercado bancário nacional foi — e ainda é — dominado por apenas cinco instituições.

Instituições que, juntas, geraram mais de R$ 100 bilhões de lucro em 2021, correspondendo a quase 80% dos ganhos do setor.

Reprodução de título de matéria jornalística
Fonte: Folha de S.Paulo

Inclusive, a soberania dos bancões foi um dos assuntos quentes da entrevista do nosso Ministro da Economia ao Flow Podcast, que foi ao ar no último mês e teve apoio da EQI Investimentos.

Foto do Flow Podcast com Paulo Guedes
Reprodução/Flow Podcast

Aspas para Paulo Guedes:

“Somos 200 milhões de trouxas nas mãos de seis bancos, seis empreiteiras, seis transportadoras marítimas… Tudo tem seis no Brasil. São cartéis mesmo, boa parte deles garantidos por lobbies políticos” — Paulo Guedes.

O ponto é que bater de frente com esse monopólio é algo do qual o Nubank pode, sim, se orgulhar.

Nenhuma empresa alcança 70 milhões de clientes em menos de 10 anos à toa.

Principalmente dentro de um mercado onde poucos bancões sempre nadaram de braçada…

Reprodução de título de matéria jornalística
Fonte: Mercado & Consumo

Hoje, para Guedes, a farra dos bancos varejistas está longe de ser como era antes:

“Banco, para ganhar dinheiro agora, tem que comprar debêntures, fazer IPOs, ajudar as empresas a fazer capital… Então, melhorou bastante”, disse Guedes.

É aquilo… Quanto maior a concorrência, mais as empresas são obrigadas a melhorar seus serviços…

E melhorar seus serviços implica em oferecer soluções que coloquem o cliente em primeiro lugar, não a própria empresa.

Modéstia à parte, se você já é cliente EQI, sabe que somos mestres nisso…

Se ainda não é, pode clicar aqui e saber mais sobre a assessoria de investimentos que mais cresce no país.

No caso do Nubank, oferecer crédito a pessoas que antes não tinham acesso, abrindo mão de rentabilidade no curto prazo, foi uma aposta inteligente — até aqui.

Resta saber quais serão as próximas jogadas da companhia, que promete seguir olhando para o longo prazo.

Amplificar operações de empréstimo pessoal, oferecer cartão de crédito adicional e atender menores de idade são alguns dos próximos objetivos de conhecimento público do banco digital.

Além de acelerar seu plano de expansão no México e na Colômbia.

Nubank, um banco nem tão banco assim…

Grande abraço e até a próxima coluna,

Por Juliano Custodio, CEO da EQI Investimentos