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Câmbio: mercado revisa projeções e já vê dólar abaixo de R$ 5 no fim do ano

Câmbio: mercado revisa projeções e já vê dólar abaixo de R$ 5 no fim do ano

A forte valorização do real nos últimos dias tem levado analistas a reavaliar os cenários futuros do câmbio. Se antes a estimativa girava com o dólar em torno de R$ 5,25 no fim deste ano, com um retorno próximo ao patamar de janeiro, muitos já acreditam que a moeda norte-americana pode fechar 2022 abaixo do nível de R$ 5.

Guilherme Loureiro, economista-chefe da Trafalgar Investimentos, disse ao jornal Valor Econômico que a alta nos preços das commodities, cenário que se amplificou com a guerra entre Rússia e Ucrânia, e os juros elevados pelo Banco Central na tentativa de conter a inflação explicam a apreciação do real. E são, segundo ele, “coisas que vieram para ficar”.

Na semana passada, pesquisa realizada com 74 instituições financeiras e publicada pelo Valor indicava um cenário no qual o dólar poderia encerrar o ano em R$ 5. Há instituições, no entanto, que já apontavam para um nível ainda mais baixo. O BTG Pactual, no início de abril, fez estimativa com o dólar em R$ 4,80 no fim de 2022.

Cenário externo: impacto da guerra ainda é incógnita

A invasão da Rússia à Ucrânia completa dois meses na semana que vem, e não há sinais de que o conflito possa arrefecer no curto prazo. Com isso, o cenário de commodities, que á vinha se valorizando nos últimos anos, deve seguir em alta.

No caso do Brasil, que é grande produtor e exportador, isso tende a atrair investimentos estrangeiros. Esse fluxo fez com que o real se tornasse a segunda moeda do mundo mais valorizada em relação ao dólar no primeiro trimestre do ano, e o Ibovespa, o segundo índice de bolsa de valores do mundo a mais se valorizar no mesmo período.

No início de abril, no entanto, a saída de capitais da B3 voltou a subir. Analistas aguardam os próximos passos, mas a tendência de alta dos juros nos EUA pode ser outro fator de atração de investimentos e consequente nova subida do dólar.

Cenário interno: aperto monetário pode seguir

O persistente cenário de pressão inflacionária, sinalizado pelos índices preliminares de abril, pode fazer o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) mudar de ideia e manter a Selic em alta por mais tempo.

A ata da reunião de março, que ampliou a taxa básica de juros para 11,75%, sinalizou que em maio haveria um novo reajuste, para 12,75%, e que este seria o teto. Nas últimas semanas, o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, admitiu que pode haver uma “mudança de rota”, o que foi entendido pelo mercado como um sinal de que a tendência de alta pode ser mantida por mais tempo.

Para analistas do banco Santander, uma eventual instabilidade provocada pelo cenário eleitoral e seus impactos na política econômica a partir de 2023 podem apontar “algum enfraquecimento do real no segundo semestre”. O banco reduziu sua estimativa de cotação, porém, de R$ 5,40 para R$ 5.

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