O Banco BTG Pactual (BPAC11) avaliou a atuação da SulAmérica (SULA11), em novo relatório publicado nesta quinta-feira (12). Segundo a instituição financeira, a companhia obteve melhores resultados financeiros no primeiro trimestre deste ano. Desta forma, o BTG manteve a sua recomendação para compra de ações, ao novo preço-alvo de R$ 34.
A empresa anotou fraca expansão em sua receita líquida, que totalizou R$ 5,4 bilhões com crescimento de 4,5%. A variante Omicron foi outro entrave para a SulAmerica, que computou aumento da pressão da sinistralidade em 86,5%. Este percentual representa gastos de R$ 198 milhões e a redução de R$ 68 milhões no preço da carteira de saúde para pessoas físicas.
Houve queda de 3,9% ao ano para R$ 296 milhões no lucro líquido e este resultado está 5% acima das estimativas. O Ebitda de – R$ 94 milhões foi pressionado por maiores despesas gerais e administrativas.
Por fim, o BTG realçou os melhores resultados financeiros da companhia, que contabilizou o montante de R$ 138 milhões, valor este, acima dos R$ 16 milhões do ano passado. Este cenário contribuiu para a expansão do lucro líquido, que atingiu a marca de R$ 24 milhões.
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BTG (BPAC11): fraco crescimento orgânico para SulAmerica (SULA11)
O primeiro trimestre da SulAmerica foi impactado pelo fraco crescimento orgânico, prejudicado pela perda líquida de vidas nos planos ASO e Individuais. A empresa anotou 3 mil membros na divisão odontológica e 7 mil vidas em saúde, o que está abaixo dos cálculos do BTG que projetou o número de 27 mil pessoas cadastradas.
O SulAmerica Direto atingiu 59 mil membros, o que significa um crescimento aproximado de 6 mil beneficiários no trimestre, ou 86% de todas as adições líquidas de saúde.
“A empresa reportou sinistralidade anormalmente alta de 86,5% (-3p.p. t/t; +6p.p. a/a; em linha). Os sinistros médicos foram pressionados por R$ 198 milhões em despesas relacionadas à Covid (3,9p.p. da sinistralidade do 1T22) e pelo retorno de procedimentos eletivos que ainda estavam abaixo dos níveis históricos de um ano atrás. Excluindo os impactos da covid-19, a sinistralidade teria sido de 82,7% no 1T, ainda acima dos níveis pré-pandemia (79,4% no 1T19 e 81% no 1T18). As internações por covid da SULA estão atualmente nos níveis mais baixos desde março/20, sugerindo melhores índices de sinistralidade nos próximos trimestres.” informou trecho do relatório.
Rede D’Or (RDOR3) é a alternativa
O Banco BTG destacou a fusão entre SulAmerica e Rede D’Or (RDOR3), que pode garantir melhores resultados. Para a instituição financeira, o valor patrimonial da primeira não é tão significativo neste contexto.
Desta forma, o banco optou em atualizar o preço-alvo das ações da SulAmerica, que passam a valer R$ 34 (contra R$ 38 em 2022). Este valor implica um potencial de 45%, o que corresponde ao potencial do modelo Rede D’Or.
“No entanto, por uma questão de conservadorismo, deixamos fora do modelo as consideráveis sinergias esperadas com esta fusão. Por fim, sinalizamos que SULA é uma maneira mais barata de estar comprado em RDOR, pois
ainda está sendo negociado com um desconto de 4% em relação a relação de troca justa da transação.” finalizou o BTG.