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BTG (BPAC11) mantém recomendação de compra para Azul (AZUL4), após 4TRI21

BTG (BPAC11) mantém recomendação de compra para Azul (AZUL4), após 4TRI21

Em novo relatório divulgado nesta sexta-feira (25), o Banco BTG (BPAC11) analisou a Azul Linhas Aéreas Brasileiras (AZUL4). De acordo com a instituição financeira, os números da empresa de aviação estão acima do esperado para o 4TRI21. O BTG mantém a recomendação de compra, ao preço alvo de R$ 47.

O Ebitda estável da AZUL4 foi o maior destaque no período. O índice de R$ 1,1 bilhão obteve a extensão de R$ 105 milhões, que é relativo a reversão parcial de impairment do E1, que significa a redução do valor recuperável de um ativo. Sem o impacto, o índice ajustado foi de R$ 1 bilhão, que é 14% acima das estimativas do BPAC11.

A receita líquida da companhia totalizou o montante de R$ 3,7 bilhões, resultado maior que o R$ 1,8 bilhão registrado no 4T20. O lucro líquido da Azul foi de – R$ 946 milhões, consequência de perdas cambiais e resultados instáveis. Se não houvesse o entrave relacionado ao rendimento, a companhia iria registrar o lucro de – R$ 436 milhões, o que é 7% acima da projeção do BTG.

BTG (BPAC11): Taxa de ocupação acima de 82%

A receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos, PRASK, obteve expansão de 52% a/a – resultado este 12% acima do comparativo com o 4T19. Desta forma, o dividend yield – que é um índice criado para medir a rentabilidade de dividendos subiu para 49% ao ano devido a uma maior busca por passagens aéreas nos segmentos de lazer e corporativo. Em relação a receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos (RASK), a Azul obteve um bom momento com o aumento de 43% ao ano, o que é 18% maior que o comparativo com o 4T19, e desta forma, a taxa de ocupação foi de 82%.

O principal obstáculo da Azul foi o CASK, índice este que é relacionado ao combustível. A empresa aérea anotou queda 6% ao ano, devido a desvalorização do real em relação ao dólar e a inflação de 15% nos últimos 24 meses. Apesar da dificuldade, a AZUL4 compensou com a redução de custos e ganhos na sua produtividade.

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Por fim, a receita operacional somou R$ 3,7 bilhões, valor este, acima dos R$ 1,8 bilhão que foi apurados no 4T20.   A Azul ainda totalizou o valor de R$ 1,1 bilhão em sua receita de cargas, o que está acima dos R$ 481 milhões anotados em 2019.

Desafios em curto prazo

O caixa da Azul foi de R$ 3,1 bilhões no término do trimestre, e este rendimento está abaixo dos R$ 3,6 bilhões que foram anotados no 3T21. Esse cenário reflete uma série de empréstimos e arrendamentos da companhia aérea, que teve despesas de capital na faixa de R$ 2,1 bilhões. A AZUL4 registrou também o aumento da dívida bruta no valor de R$ 17,8 bilhões, o que está acima dos R$ 15,7 bilhões mencionados no 3T21.

Por fim, a empresa aérea ainda gerou R$ 337 milhões em seu caixa operacional e pagou R$ 650 milhões em taxas de financiamento, entre estas, valores que são relacionados à amortização de dívidas. A empresa também investiu o montante de R$ 284 milhões no capex e em manutenção de aeronaves.

Para o BTG, a Azul registrou uma rápida recuperação doméstica e existe a previsão de pequenos obstáculos relacionados as novas variantes de coronavírus, aos custos do petróleo e a tensão geopolítica, em específico os conflitos entre Rússia e Ucrânia.