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BTG (BPAC11): Klabin (KLBN11) tem 1TRI21 dentro da expectativa, mas abaixo do potencial

BTG (BPAC11): Klabin (KLBN11) tem 1TRI21 dentro da expectativa, mas abaixo do potencial

Os resultados do balanço do primeiro trimestre de 2021 da Klabin (KLBN11) foram dentro da expectativa, mas abaixo do potencial para o ano, diz o BTG Pactual (BPAC11) em relatório nesta terça-feira (11).

“A Klabin apresentou um conjunto decente de resultados, atendendo às expectativas de consenso”, afirmam os analistas.

O EBITDA foi de R$ 1,25 bilhão, 13% t/t e + 22% a/a, ficando 4% abaixo do projetado.

O principal fator para a variação veio de preços realizados de celulose mais baixos (5% abaixo da estimativa), que deverão melhorar significativamente no futuro.

“Assim, o trimestre claramente não está refletindo todo o potencial operacional da empresa, que deve melhorar em todas as linhas de produtos nos próximos meses”, pontuam os analistas.

O FCF foi afetado por uma saída de capital de giro considerável no trimestre (negativo, incluindo capex de crescimento), e o BTG espera que a alavancagem acelere a tendência de queda à frente (atualmente acima de 4x).

Os resultados não devem ser os catalisadores que os investidores esperavam, mas o BTG mantém o viés positivo sobre o nome.

Números impactados pelo tempo de inatividade de Monte Alegre

As vendas de papel (cartão revestido + kraftliner) saíram em 256 mil toneladas (+ 4% vs. projeção do BTG), -7% menor a/a, explicado pela parada para manutenção em Monte Alegre.

As vendas de kraftliner ficaram amplamente estáveis (-2% a/a), enquanto os cartões revestidos retraíram -10% a/a (exportações caíram -42% a/a).

A receita líquida da unidade de papel por tonelada aumentou 3% t/t, e foi 13% maior a/a (preços de commodities mais altos + real desvalorizado).

Na unidade de embalagens, os volumes chegaram a 280 mil toneladas (em linha com as estimativas), + 12% maior a/a (vs. ABPO em + 9% a/a) excluindo as vendas da unidade IP recentemente adquirida (~ 64 mil toneladas).

“A receita líquida/tonelada nos surpreendeu positivamente, aumentando 8% t/t (+ 9% vs. de expectativa do BTG), e agora está + 11% maior a/a (incluindo efeito de mix inferior da aquisição IP)”, afirmam os analistas.

Números operacionais de celulose: expectativa melhor à frente

As vendas de celulose (fibra curta + fibra longa + Fluff) chegaram a 373 mil toneladas (em linha com o esperado), -3% a/a, mas 1% maior t/t.

Os preços realizados da celulose subiram ~ 20% t/t, mas ficaram abaixo do esperado (-5% vs. projeção do BTG), com média de US$ 585/t (fibra curta + fibra longa) – olhando para o passado, já que os preços já atingiram US$ 780/t.

O custo caixa da celulose ficou em R$ 776/t (-2% vs. expectativa do BTG), que é 3% maior t/t (excluindo os efeitos de parada), 12% maior a/a, explicado pelos maiores custos de produtos químicos e combustíveis, juntamente com a depreciação do real.

FCF de Klabin ainda abaixo do potencial

A Klabin registrou geração negativa de R$ 280 milhões de FCF no trimestre, marcada por elevados números de capex (Puma II) e alto consumo de capital de giro.

Excluindo o capex de expansão, a empresa teria gerado cerca de R$ 300 milhões de FCF no trimestre, com yield de ~4% anualizado, que ainda consideramos abaixo do potencial.

A dívida líquida subiu para R$ 21,7 bilhões, aumentando ~R$ 2 bilhões t/t, explicada pela geração negativa de FCF e variação cambial sobre a dívida em dólar.

A alavancagem foi maior em 4,4x dívida líquida/EBITDA (de 4,2x anteriormente).

“Esperamos que este seja o último trimestre de crescentes números de alavancagem da empresa (apesar dos contínuos investimentos no Puma II), e esperamos que a Klabin atinja cerca de 2,5x no final do ano.

Rating de compra para Klabin

“Continuamos vendo a Klabin como uma soma das partes. Nos últimos anos, a empresa foi prejudicada por seu investimento no Puma II, com alto capex de crescimento e investidores atribuindo pouco (ou negativo) valor ao projeto”, diz o BTG.

Os analistas ressaltam que a recente alta fez com que as ações começassem a precificar um crescimento, mas ainda vemos valor oculto no Puma I e II.

“Continuamos gostando do modelo de negócios (principalmente a flexibilidade, exposição ao dólar e defensividade), pois vemos sinergias relevantes entre as operações e acreditamos que a empresa deve continuar a entregar sua história de crescimento pela frente”.

Assim, o BTG reitera a compra para Klabin, pois ainda vê potencial de valorização baseado em DCF, apesar de múltiplos relativamente justos (negociando a 7,2x EV/EBITDA de 2021).

Recomendação de compra até R$ 38.