O Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira (14) o Boletim Macrofiscal de julho, revisando para cima a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2022 de 1,5% para 2%. Para 2023, o PIB foi mantido em 2,5%.
Para a inflação oficial, medida pelo IPCA, a projeção foi de 7,9% para 7,2%. Para 2023, foi de 3,6% para 4,5%.


Pesquisas mensais do IBGE justificam revisões
A estimativa de crescimento do PIB brasileiro para 2022 foi revisada de 1,5% para 2%. De 2023 em diante, as estimativas permaneceram em 2,5%.
A expectativa para a taxa de inflação (IPCA) diminuiu de 7,90% para 7,20% em 2022. Para 2023, a projeção se elevou de 3,60% para 4,50%.
A partir de 2024, espera-se convergência da inflação (IPCA) para a meta de 3%.
Em relação ao INPC, a projeção para 2022 reduziu-se de 8,10% para 7,41%.
A revisão da atividade econômica se dá, em grande medida, pelo resultado das pesquisas mensais do IBGE já divulgadas, como a Pesquisa Industrial Mensal, a Pesquisa Mensal de Serviços e a Pesquisa Mensal de Comércio.
“A revisão da atividade econômica se dá, em grande medida, pelo resultado das pesquisas mensais do IBGE já divulgadas. O crescimento médio mensal na margem nos meses de abril e maio da indústria geral e da transformação foi de 0,2% e 0,4%, respectivamente. A variação para esses setores possibilita um carregamento estatístico para o 2T22 de 1,0% e 1,6%, de modo respectivo. Resultado semelhante pode ser avaliado no comércio ampliado (Pesquisa Mensal de Comércio – PMC) e nos serviços (Pesquisa Mensal de Serviços – PMS), cujas variações positivas na margem em maio, considerando o ajuste sazonal, possibilitam, por essa ordem, um carregamento estatístico de 1,2% e 1,9%”, afirma o relatório.
Outro fator que fundamenta a mudança da projeção do PIB neste ano se deve às alterações no mercado de trabalho e na massa de rendimento real.
A projeção do PIB nominal brasileiro neste ano é de R$ 9,7 trilhões, superior em R$ 10 bilhões à estimativa anterior.
Segundo o ministério, os riscos externos devem ser monitorados, sobretudo a guerra na Ucrânia e seus impactos nas cadeias globais de valor. “Nesse contexto adverso, houve uma revisão nas expectativas das taxas de crescimento dos países desenvolvidos e emergentes”, afirma o documento.
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