20 Dez 2020 às 10:00 · Última atualização: 20 Dez 2020 · 4 min leitura
20 Dez 2020 às 10:00 · 4 min leitura
Última atualização: 20 Dez 2020
A americana Newmont Corporation é a maior empresa de mineração de ouro do mundo e completa, no próximo ano, um século de existência. A companhia é listada na New York Stock Exchange (Nyse), mas também pode ter seus papéis negociados a partir da bolsa brasileira. Isto graças aos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que espelham ações listadas no exterior.
Na B3, os BDRs da Newmont são negociados sob o código N1EM34. E apresentam valorização de 44% no ano. As ações na Nyse tiveram desempenho semelhante, acumulando alta de 41%, de janeiro até dezembro. Confira abaixo nos gráficos.
Com sede em Greenwood Village, Colorado, Estados Unidos, a Newmont foi fundada em 1921. A empresa possui minas de ouro em Nevada, Colorado, Ontário, Quebec, México, República Dominicana, Austrália, Gana, Argentina, Peru e Suriname. Além de ouro, ela também extrai cobre, prata, zinco e chumbo. É a única empresa de ouro listada no índice Standard & Poor’s 500, que reúne as 500 maiores empresas americanas.
Por ser amplamente reconhecida por suas práticas ambientais, sociais e de governança (conhecidas pela sigla em inglês ESG), a Newmont integra há 13 anos o Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World).
Recentemente, a empresa anunciou metas de redução das emissões de gases de efeito estufa de 30% até 2030, e de zerar a emissão de carbono até 2050.
“O compromisso da Newmont com o ESG é fundamental, faz parte da estrutura e da história da empresa”, disse Tom Palmer, presidente e CEO da Newmont. “Estou extremamente orgulhoso de nossos funcionários por seu forte compromisso com nosso propósito de criar valor e melhorar a vida por meio da mineração sustentável e responsável”, complementou.
A empresa apresentou um lucro por ação de US$ 0,86 e um faturamento de US$ 3,17 bilhões no terceiro trimestre. O resultado veio bem próximo do que os analistas projetavam: lucro por ação de US$ 0,84 e receita de US$ 3,29 bilhões.
A companhia apresentou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recorde de US$ 1,7 bilhão e fluxo de caixa livre de US$ 1,3 bilhão. Isto, segundo Palmer, graças à “força do portfólio” e à alta que o ouro alcançou durante a pandemia, já que a commodity tende a ser procurada como proteção em épocas de crise, como a atual.
“Este foi o melhor desempenho financeiro trimestral da história da Newmont”, disse o CEO. “Também continuamos focados acima de tudo em proteger a saúde, segurança e bem-estar de nossa força de trabalho e comunidades vizinhas, conforme a pandemia continua”, complementou.
Divulgação/Newmont
A história da Newmont Company remonta a 1921. Ela foi fundada em Nova York pelo Coronel William Boyce Thompson. A Newmont era, então, uma holding dedicada a investir em minerais e petróleo por todo o mundo.
Newmont seria a junção de Nova York com Montana. Respectivamente, a cidades onde Thompson fez fortuna e a que nasceu. Ele era um engenheiro de minas. Mas também financista, membro do Partido Republicano e filantropo.
Desde 22 outubro, os BDRs da Newmont estão disponíveis na B3 para todo investidor. Até então, eles eram reservados apenas para investidores qualificados. Ou seja, aqueles com mais de R$ 1 milhão em investimentos.
A grande vantagem para o investidor é que, ao adquirir um BDR, ele passa indiretamente a deter papéis da companhia com sede em outro país, sem que para isso tenha que realizar os trâmites de um investimento internacional.
O BDR funciona mais ou menos como um fundo de investimento. O investidor não vira o dono da ação, portanto não é sócio da empresa em questão.
Para comercializar um BDR, a instituição emissora do papel adquire várias ações de empresas estrangeiras. Depois monta um “pacote”. E vende partes dele aos investidores. Logo, esses títulos são como cotas.
Para adquirir BDRs, o investidor precisa procurar um banco ou uma corretora de valores autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).