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BC: Relatório Trimestral de Inflação vê IPCA a 6,3% no fim do ano; com 88% de chance de estourar topo da meta

BC: Relatório Trimestral de Inflação vê IPCA a 6,3% no fim do ano; com 88% de chance de estourar topo da meta

O Banco Central divulgou nesta quinta-feira (24) o Relatório Trimestral de Inflação, que apresenta as diretrizes adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para subir a Selic de 10,75% para 11,75% em sua última reunião.

De acordo com o documento, o principal cenário trabalhado pelo Copom é que a inflação atinja um pico de 10,6% no primeiro trimestre, caindo para 6,3% no final do ano, acima do limite superior do intervalo de tolerância (5%) da meta para a inflação (3,50%).

A projeção representa aumento de 0,9 ponto porcentual em comparação com o relatório anterior, de fevereiro.

Sendo que a pressão inflacionária decorre, principalmente, do preço dos combustíveis devido à alta do petróleo.

A probabilidade de estourar o topo da meta da inflação neste ano é de 88%.

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A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 é de 1%.

infográfico com dados do relatório trimestral de inflação

Reprodução/Banco Central

Relatório Trimestral de Inflação: projeções para 2023

Para 2023, a projeção para o IPCA é de 3,4%, com 12% de chance de superar o limite superior da meta (4,75%). Houve recuo de 0,1 p.p. em comparação com o relatório anterior.

O cenário considera uma trajetória de juros em que a Selic se eleva para 12,75% a.a. em 2022 e reduz-se para 8,75% a.a. em 2023.

“Parte significativa da surpresa inflacionária no trimestre está relacionada à evolução do preço do petróleo, que caiu acentuadamente nas semanas que antecederam a data de corte do relatório anterior e em seguida mostrou forte recuperação”, aponta o Banco Central.

Combustíveis para veículos contribuíram com quase metade da surpresa com a inflação no trimestre. Também houve surpresa relevante sobre bens industriais.

Campos Neto acredita que inflação recue a partir de maio

Apesar do ambiente de incertezas no mundo, que foi intensificado pela Guerra na Ucrânia, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou recentemente que a inflação deve atingir o pico em abril. Mas, após este período, a tendência é que os preços iniciem um movimento de queda.

A declaração foi realizada durante a abertura do seminário “Regras Fiscais: Tendências e Aprendizados Internacionais”, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ele disse que ainda há uma mentalidade de que a alta dos preços é temporária, visto que a maioria dos países não está nem perto da taxa neutra de juros. Com isso, ele recomenda que os BCs aumentem a taxa de juros para que elas possam chegar a uma posição neutra.