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B3 recebe uma onda de jovens investidores na bolsa

B3 recebe uma onda de jovens investidores na bolsa

A popularização dos investimentos em renda variável está renovando o perfil dos investidores na B3, a bolsa de valores brasileira. Renovação no sentido de rejuvenescimento, ou seja, o número de investidores jovens é cada vez mais alto. 

De acordo com um levantamento da B3, que foi pedido pelo jornal O Estado de São Paulo,  a idade média do cliente pessoa física no mercado de ações diminuiu em quase 11 anos de 2016 para cá. A idade média do investidor há seis anos atrás era de 48,7 anos e agora está em 37,9 anos. 

O relatório da B3 indica que hoje há 5 milhões de CPFs cadastrados na bolsa de valores, em que 62% deles têm menos de 40 anos. O que explica o rejuvenescimento dos investidores na bolsa é a entrada de jovens profissionais no mercado financeiro que iniciaram há pouco tempo a carreira profissional. 

Cerca de 600 mil brasileiros com idade de até 24 anos já investem no mercado acionário. Este número representa 12% de quem aplica dinheiro na renda variável. 

Segundo a B3, a digitalização das negociações na internet aumentou e facilitou o acesso das pessoas. 

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Apesar deste aumento, especialistas alertam sobre os riscos inerentes no mercado acionário. Visto que boa parte dos novos investidores colocam o seu dinheiro na bolsa esperando apenas ganhos fáceis e podem se iludir com a realidade da renda variável. 

Novos investidores na bolsa tem renda média de R$ 5 mil

Muita gente imagina que quem investe no mercado financeiro e faz negociações na bolsa de valores é coisa de gente milionária. Contudo, a B3 aponta que a redução da idade média dos investidores promoveu um crescimento do pequeno investidor. Aproximadamente, 56% dos clientes da B3 têm uma renda mensal de até R$ 5 mil e só aplica R$ 50 em seu primeiro aporte. 

Com o aumento no número de investidores, o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, explica que dinheiro perdido, uma vez que é uma operação de risco, pode fazer falta para o pequeno investidor. Ela ainda aponta que é preciso diversificar a carteira com opções de renda fixa e variável. 

 “O investidor precisa separar apenas aquele recurso que sabe que não vai fazer falta e entender quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo”, diz o especialista.

Produtores de conteúdo incentivam investimento na bolsa

Além da digitalização das negociações, o aumento na produção de conteúdo na internet, como Youtube, podcasts e blogs, provocou um aumento no número de pessoas interessadas em investir na bolsa de valores.  

Diretor da B3 responsável pelo relacionamento com clientes e pessoas físicas, Felipe Paiva relata que o órgão está atento a esse movimento – e tem tentado esclarecer as regras do investimento. “Muitos estão investindo para aprender. A ideia é mostrar que esse investimento é de longo prazo e não é uma corrida de 100 metros”, afirma.

2 milhões de novos investidores na B3 nos últimos 12 meses

Recentemente, a B3 alcançou a marca de 5 milhões de investidores. Nos últimos 12 meses, mais de 2 milhões de pessoas compraram a sua primeira ação. Tudo isso em ambiente macroeconômico tenebroso, com juros e dólar altos. A expectativa é aumentar ainda mais esse número.

“Antes se falava em guerra entre renda variável e renda fixa. Isso não existe”, diz Felipe Paiva, diretor da B3.

A média de crescimento de investidores na bolsa tem sido na casa dos 4% ao mês. Em dezembro, foi registrado um grande impulso deste número com a abertura de capital do Nubank, que foi simultâneo em São Paulo e Nova York. Na época, foram registrados 700 mil novos clientes ativos na bolsa. 

Mesmo com a alta volatilidade e desempenho fraco no 2º semestre de 2021, a taxa de retenção dos investidores ainda continua alta. Cerca de 80% das pessoas mantêm um aporte regular na bolsa.