Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Ações
Notícias
Bradesco (BBDC4) retém R$ 450 mi da Americanas (AMER3); Itaú também busca

Bradesco (BBDC4) retém R$ 450 mi da Americanas (AMER3); Itaú também busca

O Bradesco (BBDC4) reteve mais de R$ 450 milhões do caixa da Americanas (AMER3) com aval da justiça do Rio de Janeiro.

Conforme informações preliminares, a varejista tinha pouco mais de R$ 800 milhões em caixa – contra R$ 7,8 bilhões da semana anterior ao anúncio do rombo – e esse movimento da instituição financeira praticamente obriga a rede a acelerar seu processo de recuperação judicial que estava previsto para dar entrada na próxima semana.

O movimento do Bradesco foi uma “tacada certeira” contra a companhia que tenta se proteger via medida cautelar, de maneira a não ser obrigada a pagar seus credores neste momento, até que sua estratégia de reorganização esteja definida.

Por conta disso a rede anunciou nos últimos dias o CEO interino, bem como trouxe do mercado uma CFO especializada em recuperação judicial. O diretor-presidente é João Guerra, que já estava na empresa, e a executiva contratada é Camille Faria.

Imagem mostra uma nota de 50 Reais.

Americanas (AMER3): viabilidade comprometida

Em resposta ao movimento do Bradesco, a Americanas disse em nota que a medida compromete a viabilidade da varejista. “A companhia segue na busca por uma solução de curto prazo com os seus credores, para manter seu compromisso como geradora de milhares de empregos diretos e indiretos, amplo impacto social, fonte produtora e de estímulo à atividade econômica, além de ser uma relevante pagadora de tributos. A Americanas espera que os credores também se comprometam na busca de soluções”.

Publicidade
Publicidade

Outro banco que conseguiu avançar sobre a varejista foi o BTG Pactual (BPAC11) que conseguiu obter na justiça uma decisão liminar favorável onde obtém o bloqueio de R$ 1,2 bilhão em recursos da rede.

Entretanto, a decisão é válida até que o mandado de segurança do BTG seja apreciado. Ainda assim se trata de uma vitória para os credores e outros bancos deverá seguir caminho parecido.

Subindo o tom

De acordo com a imprensa especializada, antes da liminar, a postura dos bancos era mais amigável, na tentativa de um acordo extrajudicial para minimizar os danos e isolar créditos da empresa.

As instituições credoras pediam que os acionistas colocassem um aporte na empresa, de no mínimo, R$ 8 bilhões, além de dar novas garantias, como os recebíveis de cartão de crédito. Porém, os acionistas disseram não a essa proposta.

Desta forma, segundo profissionais com conhecimento de causa, a melhor solução para a Americanas é, de fato, a recuperação judicial. Essa é a aposta do mercado, no momento.

Ontem o Itaú (ITUB4) e o Safra pediram à Justiça que a Americanas só possa sacar dinheiro depositado em contas nesses bancos com autorização judicial. O movimento é uma tentativa de blindagem contra a varejista.

Debenturistas

Também ontem os debenturistas da 17ª emissão não conseguiram entrar em consenso sobre como irão negociar com a varejista e as ações judiciais que serão tomadas. Conversas devem ser retomadas hoje.

Por fim, a Nuveen LLC reduziu participação acionária agregada na companhia de 5,05% para menos de 5%, totalizando 1.271.824 de papéis ON.

  • Quer saber mais sobre a Americanas (AMER3) e aprender a investir com assertividade? Clique aqui!