Os deputados brasileiros vão acompanhar a repactuação por desastres envolvendo a Vale (VALE3).
Isso porque os parlamentares criaram uma comissão externa para acompanhar o acordo de compensação econômica pelos desastres nas barragens de Mariana e de Brumadinho. Os casos aconteceram em 2015 e 2019, respectivamente, em áreas operadas pela mineradora.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi quem leu o ato da criação da comissão, que não terá ônus para a Casa.
Além de Rogêrio Correia (PT-MG), que pediu a criação da comissão, fazem parte dela Célia Xakriabá (PSOL-MG), Domingos Sávio (PL-MG), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Helder Salomão (PT-ES), Leonardo Monteiro (PT-MG), Padre João (PT-MG), Patrus Ananias (PT-MG), Pedro Aihara (Patriota-MG) e Zé Silva (Solidariedade-MG).

Vale (VALE3): barragem volta a preocupar
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou um inquérito civil esta semana para apurar as causas da elevação do nível de emergência da barragem de rejeitos de mineração B1, que atualmente está sob responsabilidade da empresa de Mineração Morro do Ipê S.A.
Tão logo o caso veio à tona, prontamente a Vale se manifestou pelos canais oficiais, dizendo que não tem relação com a barragem B1, que está sob a responsabilidade da empresa Mineração Morro do Ipê S.A, que teve seu nível de emergência elevado.
Conforme o MPMG, a decisão de abrir a investigação veio após a elevação da barragem para o nível 1 de emergência neste ano, sendo que anteriormente possuía declaração de condição de estabilidade. A Ipê assinou, em 2022, Termo de Compromisso com o MPMG para descaracterizar, no menor prazo possível, as suas barragens de rejeitos alteadas à montante de forma a trazer segurança definitiva para a área.
Os casos
Em relação aos casos, de forma distinta, o rompimento da barragem de Mariana aconteceu em 2015. Ela liberou uma avalanche de rejeitos que alcançou o Rio Doce e escoou até a foz, causando 19 mortes e diversos impactos socioambientais e socioeconômicos em cidades mineiras e capixabas.
Já o rompimento em Brumadinho, pertencente à Vale, ocorreu em 2019. O desastre despejou 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração na bacia do Rio Paraopeba e tirou a vida de 272 pessoas.
A lama deixou um rastro de destruição de mais de 300 quilômetros, afetando 18 municípios e 1 milhão de pessoas. O desastre em Brumadinho gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o estado de Minas Gerais.
Ibovespa
A ação VALE3 encerrou o dia 16 de fevereiro de 2023 cotada em R$ 89,19.
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