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Vale (VALE3): BTG Pactual (BPAC11) reitera compra mesmo com ambiente desafiador

Vale (VALE3): BTG Pactual (BPAC11) reitera compra mesmo com ambiente desafiador

A equipe de Research do BTG Pactual (BPAC11) divulgou um relatório para recomendar a compra das ações da Vale (VALE3), com preço-alvo de R$ 90. Isto significa um potencial de valorização de 24% nos próximos meses, com a cotação de R$ 72,19, desta sexta-feira (30), às 16h57.

Apesar de ser uma das empresas mais relevantes da B3, a mineradora já desvalorizou 7,45% em 2022. Enquanto que o Ibovespa cresceu 6% no ano. 

Vale (VALE3) desvalorizou 7,45% em 2022 – Google Finanças

Ambiente da Vale (VALE3) ainda pode piorar?

Mesmo com o estouro da Guerra na Ucrânia, a Vale conseguiu um bom desempenho na bolsa graças ao forte aumento no minério de ferro. Em março, a mineradora atingiu o auge do seu preço, com a ação cotada a R$ 105,07. Porém, a companhia sofreu uma drástica redução de posicionamento nos últimos seis meses, em que preço chegou até R$ 62,92. Uma desvalorização de 40% em um semestre. 

Neste ponto, as razões (induzidas pela China) para a redução foram bem debatidas, mas claramente erramos no entendimento de vários desenvolvimentos macro importantes”, diz o relatório BTG Pactual. 

Com isso, o banco de investimentos entende que é preciso revisar cada um dos principais impulsionadores e riscos da ação, além de fornecer novos insights.

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O BTG salienta que a Vale não tem as características de um “call eleitoral”. Logo, as eleições não prejudicam o desempenho da empresa. “Com a Vale respondendo por quase 15% do índice Ibovespa e com o mercado agressivamente vendido/posições abaixo do índice, acreditamos que a tese está parecendo mais assimétrica aqui, e esperamos que as incertezas recentes se dissipem daqui para frente”, explicam os analistas Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima.

Diante disso, a equipe de Research acredita que uma estratégia de construção gradual de posições na Vale faz sentido. Assim, a manutenção da compra é mantida. 

E a China?

Como foi apresentado anteriormente, a China foi a força motriz para derrubar a Vale. Diante disso, os analistas apresentaram uma breve explicação para os rumos da segunda maior economia do planeta. 

Em outubro, será realizado o 20º Congresso do Partido Comunista. A tendência é a manutenção do presidente Xi Jinping, que pode garantir um terceiro mandato para ele. Com isso, a política de tolerância zero de covid-19 no país deve se manter. 

Existe um amplo consenso entre os economistas chineses que acompanhamos de perto, que as atuais políticas de covid devem permanecer em vigor pelo menos até o 2T23, implicando pressão contínua sobre a economia nesse ínterim. Então, qualquer coisa diferente desse consenso já seria vista como um resultado líquido positivo para a economia global e commodities sob nossa cobertura”, explica o BTG Pactual. 

Ainda que as expectativas sobre o PIB chinês tenham sido rebaixadas, a China pode acelerar uma taxa baixa de 2% em 2022 e 4% em 2023. Portanto, a situação do país asiatico deve melhorar no futuro.

Contudo, é preciso ficar atento com os mercados imobiliários que estão em colapso por causa da falta de confiança. 

Minério de ferro em função do mercado de propriedades da China?

Segundo o BTG, cerca de 30% do consumo de aço na China tem origem no mercado de propriedades. Desta forma, a Vale depende da demanda dos chineses. Com a falta de confiança no mercado imobiliário, a mineradora brasileira precisa ficar atenta.

“Embora reconheçamos as preocupações, destacamos que a “opep de minério de ferro informal” vem conseguindo estabilizar os preços do minério de ferro em níveis saudáveis, especialmente porque a oferta do Brasil para a Austrália continua decepcionante”, afirma o BTG. 

Apesar disso, a expectativa do banco de investimentos é que os preços do minério de ferro estejam próximos do nível ideal para a Vale. 

O Valuation está ok?

Vários investidores argumentaram que as métricas de valuation normalizadas da Vale parecem ‘apenas ok’, com a ação sem catalisadores e forte suporte de valuation”, informa o BTG.

Conforme diz o Research, o preço da ação está descontado com o preço do minério de ferro em US$ 70/tonelada, que está até abaixo dos custos marginais atuais (US$ 75-80/tonelada).

A perspectiva para 2025, com um lucro normalizado em um preço de US$ 75/toneladas de minério de ferro, a empresa está sendo negociada em “torno de 4,4x EV/EBITDA e um rendimento de FCFE implícito de 12-13%”. 

Portanto, tendemos a concordar com o argumento de que esta não é uma recomendação de compra gritante, mas ainda vemos níveis de valuation decentes para esse cenário pessimista (precificado). Acreditamos com um yield mínimo de dividendos sustentável na faixa de 10%, além de uma abordagem agressiva contínua em relação às recompras de ações”, conclui o BTG. 

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