A Tesla (TSLA) cortou o preço de seus veículos e a estratégia fez com que a companhia batesse recorde de vendas no primeiro trimestre de 2023 (1TRI23).
De acordo com dados divulgados no último domingo (2), a fabricante de veículos elétricos entregou 422.875 carros a clientes do mundo inteiro, elevação de 36% na base anual.
O relatório aponta, ainda, que a firma de Elon Musk superou as entregas do quarto trimestre de 2022 em cerca de 4%, mas ficou abaixo da previsão de cerca de 432 mil dos analistas consultados pela FactSet.
Apesar do resultado, a ação da companhia tem sofrido com a inflação mundial e esta pressão fez com que ela reportasse queda de 6,98% por volta das 15h desta segunda-feira (3), cotada a R$ 192,98. O ativo reporta queda de 49,51% no período de um ano.
Isso porque com a elevação dos preços de produtos e serviços mundo afora, bem como uma alta na taxa de juros dos EUA, e a crise energética na Europa, o público-alvo da companhia, formado por executivos, empresários e profissionais afeitos à tecnologia, está preferindo alocar dinheiro em ativos de proteção, e não em bens de consumo.
A própria Tesla também é “vítima” da pressão de custo que assola as empresas de alta tecnologia, e isso obriga a companhia a buscar reposicionamento. Neste caso em específico, se optou pelo corte de preço.

Tesla (TSLA): outros cortes
De acordo com a imprensa segmentada, a companhia também promoveu outro tipo de corte. A empresa está supostamente eliminando alguns sensores de estacionamento.
Vale lembrar que em outubro de 2022 a fabricante anunciou que ia deixar de instalar sensores ultrassônicos no Model 3 e Model Y, os dois modelos mais baratos da marca norte-americana.
Ainda assim, têm preços a começar nos 45 000€ (Model 3) e 47 000€ (Model Y), o que está longe de ser considerado acessível.
Vale lembrar que boa parte dos automóveis modernos combinam câmaras, com radares e sensores ultrassônicos. Estes equipamentos permitem o funcionamento de inúmeros sistemas de segurança, bem como ajuda a condução, entre outros.
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