A construtora Tenda (TEND3) convocou AGE (assembleia geral extraordinária) para propor a seus acionistas a redução de capital da empresa em R$ 419.475.577,11, de forma a amortizar contabilmente prejuízos operacionais acumulados nos últimos anos. A votação será em 27 de novembro, às 14h, de forma virtual.
O atual capital social da empresa é de R$ 1.330.204.378,49, e com a redução passaria a ser de R$ 910.728.801,38, mantido o número de 123.094.246 ações em circulação. Nesta quinta-feira (16), os papéis fecharam o pregão da B3 ($B3SA3) cotados a R$ 13,93, em estabilidade no dia, e com valorização acumulada no ano acima dos 240%.
A Tenda (TEND3) informou que os prejuízos se acumularam “em decorrência da crise que assolou o mercado imobiliário brasileiro nos últimos anos”, e que a redução do capital social permitirá que, diante da Lei das SA e das regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa tenha permissão para distribuir proventos e realizar a recompra de ações.
“A redução de capital social ora proposta tem como objetivo principal promover a absorção dos prejuízos acumulados mediante lançamento contábil que debita o montante reduzido à conta ‘capital social’, creditando-se valor igual à conta ‘prejuízos acumulados’. A administração da companhia entende que a redução de seu capital social, na forma como foi proposta, poderá proporcionar benefícios adicionais aos acionistas, tais como viabilizar futuras distribuições de dividendos, a depender da apuração de lucro em exercícios futuros, bem como restabelecer a situação de equilíbrio entre o nível de capital e o patrimônio”, explicou a Tenda em comunicado aos acionistas.
A Tenda (TEND3) reportou prejuízo líquido de R$ 10,5 milhões no terceiro trimestre de 2023. No acumulado do ano, o prejuízo reportado pela empresa chega a R$ 52,4 milhões, queda de 71,2% em relação aos nove primeiros meses de 2022, quando o prejuízo apurado foi de R$ 181,8 milhões.
