Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Suzano eleva projeção para custo de celulose; ações derretem

Suzano eleva projeção para custo de celulose; ações derretem

Na esteira da divulgação, as ações SUZB3 derretem quase 5%, a R$ 49,18. Isso faz com que os papéis da companhia acumulem baixa de 1,83%

A Suzano reduziu nesta quinta-feira (11) suas estimativas de longo prazo para os desembolsos operacionais do negócio de celulose para o próximo ano e para 2027. A informação ocorre dois dias após a empresa divulgar uma redução na projeção de investimentos para 2026, que é de R$ 10,9 bilhões.

Na esteira da divulgação, as ações SUZB3 derretem quase 5%, a R$ 49,18. Isso faz com que os papéis da companhia acumulem baixa de 1,83%, no acumulado dos últimos cinco dias. De um ano para cá, a desvalorização do ativo passa de 20%.

Com relação às projeções de custo de celulose, a nova estimativa de desembolso total operacional para 2027 é de R$ 1.983 por tonelada. O valor inclui custo caixa de produção — com paradas programadas — de R$ 787 por tonelada; despesas logísticas, comerciais e administrativas de R$ 677 por tonelada; e capex de manutenção de R$ 520 por tonelada. Todas as cifras foram calculadas em termos reais, com moeda de 2026, sem incorporar premissas de inflação ou variação cambial para 2027.

A projeção também considera a operação da unidade de Ribas do Rio Pardo, cuja capacidade foi atualizada para aproximadamente 2,7 milhões de toneladas anuais. O horizonte estimado cobre os próximos dois anos, com o alcance dos valores projetados previsto para o exercício social de 2027.

Suzano: investimento previsto é 18% menor do que em 2025

O valor previsto de investimentos ao longo de 2026 é cerca de 18% menor do que o aportado neste ano, que foi de R$ 13,3 bi. A companhia explicou que com relação ao capex de “Manutenção” para 2026, o menor dispêndio em relação ao ano anterior refere-se, principalmente, ao menor gasto com manutenção florestal, por sua vez em função das reduções da necessidade de plantio físico (silvicultura) e de volumes de compra de madeira em pé.

Publicidade
Publicidade

A rubrica dedicada a “Expansão, Modernização e Outros” inclui os valores de desembolso previstos para 2026 referentes a projetos de tecnologia de informação, modernização industrial e florestal, além de valores residuais de projetos já iniciados em períodos anteriores.

A rubrica “Terras e Florestas” representa: os investimentos relacionados à expansão de base florestal ao longo do primeiro ciclo de crescimento do eucalipto (6-7 anos) para futura produção de celulose; desembolsos relacionados à permuta de madeira em pé (R$ 439 milhões); e investimentos para continuidade de sua estratégia de expansão de base florestal, visando proporcionar maior competitividade no longo prazo ou opcionalidade de crescimento futuro, de acordo com a empresa.

O Itaú BBA manteve a recomendação de compra para as ações da Suzano e reiterou o preço-alvo de R$ 58 após o Investor Day realizado pela companhia. Segundo o banco, o evento trouxe maior visibilidade sobre a estratégia corporativa e reforçou a percepção de um ciclo positivo para a produtora de celulose.

Durante a apresentação, a Suzano detalhou iniciativas voltadas a ganhos de eficiência, redução de custos operacionais e otimização do portfólio, pontos considerados centrais para sustentar a competitividade em um ambiente global mais desafiador.

O Itaú BBA destacou ainda que a empresa apresentou novas projeções financeiras e operacionais, oferecendo ao mercado uma atualização relevante sobre ritmo de investimentos, estrutura de capital e expectativas de geração de caixa. Para o banco, o conjunto das informações reforça uma visão construtiva sobre o desempenho da Suzano no médio prazo.

Leia também:

Papel e celulose: exportações consistentes

O Banco do Brasil avalia que as exportações brasileiras de celulose devem continuem consistentes no próximo ano, apoiadas na elevada competitividade de custos no país, enquanto os preços devem iniciar o ano ainda seguindo a trajetória de recuperação iniciada recentemente, segundo avalia a analista Mary Silva, do BB Investimentos.

“No entanto, ainda há incertezas sobre o nível de demanda e rentabilidade na cadeia, principalmente na China, o que poderá limitar avanços mais significativos. Já as perspectivas para papéis variam entre as diferentes categorias, sendo mais otimista para kraftiner e papelão ondulado, enquanto tissue e papel cartão devem vislumbrar mais desafios no próximo ano”, avaliou ela.

Quer saber mais sobre onde investir em 2026? Então acesse abaixo o relatório produzido sobre a EQI Research! Aproveite, e acesse o app EQI+, para mais informações sobre investimentos!