A varejista chinesa Shein, conhecida por sua atuação no mercado global de moda, deu mais um passo rumo à abertura de capital ao protocolar confidencialmente um pedido de IPO (oferta pública inicial de ações) na Bolsa de Valores de Hong Kong. A informação foi divulgada pela agência Reuters nesta terça-feira (1º).
A entrega do prospecto, segundo fontes próximas ao processo, deve ocorrer até o início da próxima semana. A estratégia da Shein, pouco comum no mercado asiático, permite que a companhia mantenha em sigilo dados estratégicos e financeiros enquanto aguarda avaliação das autoridades regulatórias. Esse modelo é amplamente utilizado nos Estados Unidos, mas segue raro na Ásia — especialmente para empresas de grande porte.
Caso seja aprovada, a operação pode representar uma exceção às regras da Bolsa de Hong Kong, que normalmente só permitem esse tipo de confidencialidade para companhias já listadas em outras bolsas estrangeiras ou envolvidas em processos de cisão.
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A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC), que já barrou duas tentativas anteriores da Shein de abrir capital — em Nova York e Londres —, ainda precisa aprovar formalmente a operação em Hong Kong.
Até o momento, tanto a Shein quanto a Bolsa de Valores de Hong Kong se recusaram a comentar o andamento do processo.
Se concretizado, o IPO da Shein pode se tornar a maior oferta pública do ano no mercado de Hong Kong, que movimentou cerca de US$ 12,8 bilhões no primeiro semestre, apesar da volatilidade global. A listagem também reforçaria a relevância da cidade como um dos principais centros financeiros do mundo, especialmente em um momento em que grandes empresas chinesas buscam alternativas às bolsas ocidentais.
