O banco BTG Pactual (BPAC11) mantém recomendação de compra para Raízen (RAIZ4) após a divulgação do balanço da companhia no segundo trimestre do ano (2TRI24), que para a empresa foi o primeiro trimetre da safra. Para o banco, o resultado veio abaixo da estimativa e os dados mais fracos podem ser atribuídos a uma combinação de margens menores em açúcar e etanol e em distribuição no Brasil.
O banco de investimentos diz que ainda há expectativa para ver as tendências que talvez possam sinalizar se a Raízen pode finalmente estar perto do ponto em que o capital está começando a dar frutos.
“Esperamos que o ano fiscal de 2025 seja o ano em que a Raízen atinja o ponto de equilíbrio do ponto de vista da geração de fluxo de caixa (graças a alguma racionalização do capex), a partir do qual esperamos ver algumas importantes tendências de desalavancagem no futuro”, diz o BTG.
Além disso, no relatório, o banco diz também que continua a acreditar que a estimativa anual está ao alcance, o que implica avaliar as ações negociando com um desconto de aproximadamente 20% em relação ao múltiplo combinado de seus pares mais óbvios, com base no valuation do ano fiscal de 2025.
“Nossa recomendação de compra e o substancial potencial de alta embutido em nosso preço-alvo assumem que esse desconto se dissipará quando a Raízen atingir esse ponto. Isso, juntamente com tendências mais encorajadoras de preços de etanol e açúcar e melhores margens no negócio de distribuição, sugere que um momento mais positivo pode chegar nos próximos 12 meses”, completa.
BTG: Raízen tem estoques para os próximos trimestres
A Raízen vendeu 50% do equivalente em ATR produzido durante o trimestre. Isso significa que a empresa está com estoques para serem vendidos nos próximos trimestres. E como 58% do equivalente de ATR vendido foi proveniente do etanol, que atualmente possui uma margem de contribuição menor em relação ao açúcar devido aos menores preços relativos, a margem EBITDA unitária da Raízen de R$ 610/ton foi considerado pelo banco uma decepção.
“A redução de 2,4% nos custos unitários foi positiva, mas considerando o forte ritmo de moagem de cana da Raízen (+15% a/a), com bons yields, esperávamos mais. A boa notícia é que a maior parte da produção de açúcar (com margens maiores) será vendida nos próximos trimestres, ajudada por hedges de preço favoráveis”, diz trecho do relatório.
Em relação ao etanol de segunda geração (E2G), a Raízen divulgou que a nova planta entregou uma margem de contribuição de 14%, que ainda depende do aumento de produção da nova planta antes de atingir perto de 50%.
Balanço da Raízen no trimestre
A Raízen divulgou que seu lucro líquido no primeiro trimestre da safra 2024/2025 passou para R$ 1,1 bilhão, uma alta de 59% frente ao mesmo período do ano passado, quando havia sido de R$ 671 milhões. Em termos ajustados, porém, a companhia registra prejuízo de R$ 6,9 milhões contra lucro de R$ 527 milhões no mesmo período do ano anterior.
A receita líquida da companhia chegou a R$ 57,7 bilhões no segundo trimestre do ano contra R$ 48,8 bilhões do mesmo período de 2023, tendo uma alta de 18,3%.
Já o ebitda chegou a R$ 4,7 bilhões ao passo que o resultado do mesmo trimestre de 2023, atingiu R$ 4,1 bilhões, tendo uma elevação de 14%.
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