O presidente da Petrobras (PETR4), Jean-Paul Prates, afirmou que a estatal avalia exercer o seu direito de preferência e adquirir o controle da Braskem (BRKM5). A informação é da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
De acordo com o periódico, a posição foi ventilada em resposta à oferta feita recentemente pela estatal árabe Adnoc e o fundo americano Apollo que pretendem comprar a petroquímica pelo valor de face de R$ 47 por ação.
Também traz que o controle da empresa hoje pertence à Novonor (ex-Odebrecht) e, caso a empresa aceite vender sua participação, a Petrobras (dona de 38%) tem a preferência.
E acrescenta que ambos refutaram a oferta dos árabes que, na prática, pagariam, no máximo, R$ 30 por ação, valor considerado tão baixo que nem se dispõem a sentar à mesa de negociação.
“Para a petroleira, é preciso buscar uma saída para seu endividamento da Braskem, cujas ações estão desvalorizando diante do nível de endividamento —cerca de seis vezes o Ebitda, quase o dobro do recomendável”, informa o jornalão.
E diz mais: “A Petrobras teria caixa suficiente para suportar uma operação desse porte. O governo gostaria de resolver essa situação rapidamente e por um preço baixo. A Odebrecht não tem pressa porque não pretende vender seus papéis pelo maior preço possível.”

Petrobras (PETR4): Braskem (BRKM5)
Em fato relevante encaminhado ao mercado, a petroleira informou que não está conduzindo estruturação de operação de venda no mercado privado. “Não houve qualquer decisão da diretoria ou conselho sobre a petroquímica”, frisou.
Conforme noticiado pelo EuQueroInvestir no dia 5 de maio, a Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc) está se juntando ao fundo americano Apollo para formalizar proposta pela Braskem.
As linhas gerais da proposta foram mostradas em apresentação aos bancos que detêm as ações da Odebrecht na Braskem como garantia da dívida do grupo.
A Adnoc é a maior petroleira dos Emirados Árabes, país que controla o Mubadala, e o referido plano reportado aos bancos indica que o Grupo quer uma plataforma em petroquímica para as Américas. Pela proposta, a venda daria aos bancos 100% de recuperação da dívida.
A Adnoc ofereceu até R$ 37,5 bilhões pelo controle da Braskem.
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Bolsa
Por volta das 14h40 de hoje a ação PETR4 recuava 3,05%, cotada em R$ 25,45.
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