O diretor financeiro da Petrobras (PETR4), Fernando Melgarejo, afirmou nesta sexta-feira (8) que o pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas está condicionado a uma análise mais abrangente, que leva em conta o planejamento estratégico da empresa e não apenas sua posição de caixa.
Em entrevista e teleconferência com analistas, Melgarejo reiterou que qualquer anúncio de proventos adicionais dependerá da preparação e aprovação do Plano Estratégico 2025-2029 da PETR4, previsto para o dia 21 de novembro.
O diretor reforçou que o pagamento de dividendos extraordinários deve ser baseado em uma visão que considere o curto, médio e longo prazo, incluindo fatores como a geração de caixa e os investimentos futuros da Petrobras. “Trabalhamos com caixa sempre enxuto”, comentou, sinalizando ainda que a companhia pode revisar para baixo sua diretriz de caixa mínimo, atualmente estabelecida em US$ 8 bilhões.
Petrobras (PETR4): Plano Estratégia irá traçar prioridades
A expectativa de parte do mercado era que a Petrobras pudesse anunciar proventos extras junto aos resultados do terceiro trimestre, o que não aconteceu. Em resposta, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) celebrou a decisão da empresa em não distribuir dividendos extraordinários no momento.
Em nota, o sindicato destacou sua expectativa de que o novo plano estratégico da Petrobras priorize investimentos no fortalecimento de operações e em energia sustentável, em vez de destinar uma fatia maior de recursos aos acionistas.
O Plano Estratégico 2025-2029 deverá traçar as metas e prioridades da Petrobras para os próximos cinco anos e, caso a empresa opte por dividendos adicionais, o anúncio poderá ser feito em paralelo ao lançamento do plano ou até o final do ano.
Balanço do 3TRI24
A Petrobras (PETR4) registrou lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões no trimestre anterior e apresentando uma alta de 22,3% em comparação ao lucro de R$ 26,6 bilhões registrado no mesmo período do ano passado.
Além disso, o lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, atingiu R$ 32,9 bilhões, uma expressiva alta de 109,4% frente ao trimestre anterior e de 20,9% na comparação anual.
No mesmo dia da divulgação do balanço, a empresa aprovou o pagamento de dividendos intercalares no valor de R$ 17,12 bilhões, o equivalente a R$ 1,32820661 por ação ordinária e preferencial em circulação. Os dividendos são uma antecipação da remuneração aos acionistas referente ao exercício de 2024, conforme o balanço fechado em 30 de setembro.
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