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Petrobras (PETR4): equipamentos parados na Foz do Amazonas custam R$ 3 mi por dia

Petrobras (PETR4): equipamentos parados na Foz do Amazonas custam R$ 3 mi por dia

A Petrobras (PETR4) recebeu uma negativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que não concedeu licença para a petroleira explorar a Foz do Amazonas.

Não bastasse as implicações de ordem operacional, visto que a estatal considera a localidade o novo marco exploratório, há questões financeiras pressionando as margens da empresa.

Isso porque manter os equipamentos exploratórios na localidade, mesmo parados, custa à companhia cerca de R$ 3 milhões por dia. Parte é relacionado a aluguel de sonda.

Nesta sexta-feira (19), mais cedo, a petroleira informou que irá analisar o pedido do Ministério de Minas e Energia (MME) para manter a sonda de exploração de petróleo na área onde planejava perfurar um poço na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.

Levando em consideração que os equipamentos e a sonda começaram a ser instaladas desde o fim de outubro, os custos já ultrapassaram os R$ 500 milhões.

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Já o pedido do MME dá a entender que o Poder Executivo pretende se movimentar em favor da Petrobras. Alguns agentes do governo tentam, inclusive, cativar a estatal a refazer os estudos de impacto, de maneira a protocolar um novo pedido de licença junto ao Ibama.

A empresa, por sua vez, se esquiva da ideia, visto que a situação se arrasta já há algum tempo e os acionistas fazem pressão para a companhia redirecionar os investimentos. Também há um movimento de ambientalistas se opondo à operação.

Em relação à Foz do Amazonas, vale destacar que a Região é considerada de alta relevância biológica, com recifes de coral ainda pouco estudados, que se estendem por 1.350 km. A costa amazônica abriga ainda 80% da cobertura de manguezais do país.

Gráfico mostra a ação PETR4 na Bolsa.

Petrobras (PETR4): Alexandre Silveira

Mais cedo, hoje, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a reaquisição de ativos pela Petrobras e citou uma possibilidade de recompra da refinaria Mataripe, sediada na cidade de São Francisco do Conde (98 km de Salvador) e privatizada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ele esteve em Salvador (BA), onde participou do Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade. “Aqui na Bahia tem essa peculiaridade, a maior refinaria da Bahia foi vendida ao capital privado. Eu, particularmente, se depender do ministro das Minas e Energia, da sua vontade como cidadão brasileiro, mas apaixonado pela Bahia, essa refinaria deveria voltar a ser da Petrobras”, afirmou.

A refinaria Mataripe foi privatizada pela Petrobras em dezembro de 2021 por R$ 10,1 bilhões e atualmente é gerida pela Acelen, do fundo árabe Mubadala Capital.

CADE

A Petrobras anunciou recentemente sua nova política de preços, deixando de lado a política de paridade de importação (PPI), implementada em 2016 pelo então presidente Michel Temer.

Entretanto, essa alteração implica em amor risco para o Mubadala, que comprou a refinaria de Mataripe. A informação é do BrazilJournal.

De acordo com o site, a Acelen — a companhia criada pelo Mubadala para operar a refinaria — deve ir ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) pedir uma liminar preventiva contra a venda de petróleo pela Petrobras a preços superiores aos praticados nas vendas para suas próprias refinarias.

Também traz que, para o fundo árabe, a nova política de preços não é suficientemente transparente e, assim, não garante previsibilidade.

Bolsa

Por volta das 16h20 a ação PETR4 recuava 0,039%, cotada em R$ 25,80.