O banco BTG Pactual (BPAC11) vê como improvável a criação de uma nova reserva da Petrobras (PETR4) para redirecionar recursos que seriam destinados a dividendos extraordinários para investimentos. De acordo com o banco de investimentos, adicionar novos projetos à curva de investimentos da Petrobras exigiria alterações no seu Plano Estratégico de 5 anos, atualizado anualmente – o que geralmente ocorre em novembro de cada ano. Apesar disso, o BTG mantém recomendação de compra.
A criação desse fundo foi divulgada em matéria do jornal O Globo, nesta quarta-feira (13). Segundo o banco de investimentos, até onde pôde ser observado, ainda não foi feita oficialmente nenhuma proposta oficial para a criação desta nova reserva.
Segundo o jornal, a ideia foi motivada pelo desejo do controlador, que é a União, de aumentar os investimentos e pelo fato de que a reserva de capital criada em outubro do ano passado só poder ser utilizada para remuneração aos acionistas, absorção de prejuízos ou incorporação ao capital social da empresa.
“Entretanto, deixando de lado por um momento essa premissa e reconhecendo que isso poderia ser antecipado, a criação de uma nova reserva para investimentos faz pouco sentido para nós. Além da reserva de capital mencionada, a empresa já possui reserva de lucros”, ressaltou o BTG.
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Segundo diz o relatório, em termos práticos, a reserva de lucros pode ser utilizada para garantir que a Petrobras possa cumprir os seus planos de investimentos ao longo dos anos. Na verdade, sempre foi utilizado para esse fim e tem sido o caso nos últimos anos conforme a Lei das SAs, que estabelece que parte dos investimentos de qualquer empresa deve ser garantida por essa reserva de lucros.
“Em última análise, tal medida parece redundante e, mesmo que a Petrobras reveja os seus planos de investimentos no curto prazo, uma nova reserva não parece necessária. A reserva de lucros encerrou 2023 em US$ 8,3 bilhões”, completa o relatório.
A petroleira negou ontem notícia publicada na mídia sobre eventual sinalização de uma direção para dividendos extraordinários no evento realizado com analistas e investidores nos dias 30/01/2024 e 31/01/2024, em Nova York, nos Estados Unidos.
“A Petrobras procura ser transparente sobre sua governança e seus processos decisórios para que os investidores façam suas análises e cheguem às suas conclusões, em linha com as melhores práticas do mercado, que foi o objetivo do referido evento”, disse a empresa, em nota.
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