A Petrobras (PETR4) deve reduzir o preço do gás natural para as distribuidoras em 1,41% a partir de novembro deste ano. A medida faz parte das renovações contratuais trimestrais da companhia e foi anunciada por Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da empresa.
De acordo com Tolmasquim, a queda de preço é influenciada principalmente pela variação do câmbio e pela redução nos preços do petróleo tipo Brent, que serve como referência para o mercado internacional de combustíveis. O executivo da PETR4 também destacou que, desde janeiro, o preço do gás natural já acumula uma redução de 17%.
Tolmasquim destacou que o preço do gás natural já acumula uma queda de 17% desde o início de 2023. Segundo ele, a redução reflete a cotação do Brent e a variação cambial do trimestre anterior. O diretor ressaltou que o gás natural desempenha um papel crucial na transição energética, sendo uma alternativa menos poluente em comparação aos combustíveis fósseis tradicionais. “O objetivo é garantir preços competitivos para os consumidores e incentivar a massificação do uso do gás natural no Brasil”, afirmou.
Essa diminuição no custo do gás natural faz parte de um esforço contínuo da Petrobras para ajustar seus contratos de fornecimento com as distribuidoras, refletindo as variações dos insumos e buscando equilíbrio nos preços de mercado.
Além da redução no preço, a Tolmasquim anunciou a aprovação de novas opções de contratos para as distribuidoras de gás, com maior diversificação e flexibilidade. Segundo ele, o número de transferências possíveis para os contratos passou de 20 para 48, permitindo que as distribuidoras ajustem variáveis como prazo, local de entrada e índice.
Petrobras (PETR4): expectartivas para produção
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o potencial de crescimento na produção de derivados de gás no estado do Rio de Janeiro com o Complexo de Energias Boaventura, lançado recentemente em Itaboraí. O complexo, além de ser termelétrico, pode aumentar em 50% a produção de derivadas de petróleo na região
Chambriard também afirmou que a Petrobras está revisando poços de petróleo na Bacia de Campos e no Campo de Búzios, que anteriormente não eram considerados viáveis para exploração de gás. Segundo ela, a empresa está empenhada em ampliar a oferta de gás para atender setores como fertilizantes e petroquímicos, onde o gás natural pode representar até 40% do custo de produção. “Com mais oferta, conseguiremos reduzir o preço do gás e atender a demanda crescente”, afirmou.
Outro ponto destacado foi a expansão do mercado livre de gás, que atualmente conta com seis empresas, incluindo Ternium, CSN e Gerdau. Magda Chambriard revelou que, no início de 2024, a Petrobras deverá adicionar mais um cliente ao mercado livre. Ela projetou que o mercado de gás no Brasil tem potencial para triplicar em capacidade, desde que a Petrobras consiga ajustar os preços para tornar o produto mais competitivo.
“A nossa estratégia é ocupar o mercado de gás brasileiro com preços adequados e gerar escala, garantindo que este setor seja lucrativo e benéfico para o país”, concluiu Chambriard.
Petrobras (PETR4): descoberta de gás na Colômbia
No começo do mês, a petroleira confirmou que as descobertas de gás nos poços Sirius-1 e Sirius-2, anteriormente denominados Uchuva-1 e Uchuva-2, na Bacia de Guajira Offshore, na Colômbia, possuem um potencial estimado de 6 Tcf (trilhão de pés cúbicos) in place (VGIP). A empresa destacou que essas descobertas confirmam a magnitude dos achados na região e sua relevância para o mercado de gás colombiano.
A PETR4 opera o consórcio responsável pela exploração, detendo 44,44% de participação, enquanto a Ecopetrol, parceira no projeto, possui 55,56%. O consórcio seguirá com o desenvolvimento da área, conforme os planos acordados com a Agência Nacional de Hidrocarburos (ANH) da Colômbia.
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