A ação da Oi disparou mais de 60% em duas semanas, captando a atenção do mercado para os ativos Oi (OIBR3; OIBR4).
Por conta do movimento, considerado atípico, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a tele.
Em resposta, a empresa disse não saber a razão da escalada e destacou que não houve nenhum fato relevante que justificasse o movimento.

Acionistas querem AGE na Oi OIBR3
Ontem a tele informou que os acionistas Tempo Capital Principal Fundo de Investimento em Ações, Victor Adler e VIC DTVM, detentores de mais de 1% do capital social da companhia, apresentaram requerimento de convocação, no prazo de 8 dias, de Assembleia Geral Extraordinária.
De acordo com o documento, a AGE tem por objetivo deliberar sobre:
- Reforma do Artigo 22 do Estatuto Social da Companhia, para reduzir o número de membros do Conselho de Administração para 7 (sete) a 9 (nove) membros titulares;
- Destituição do Conselho de Administração da Companhia;
- Em caso de aprovação do item (II) acima, a eleição dos membros do Conselho de Administração, com mandato unificado de 2 (dois anos) a partir da eleição.”
A tele elencou, ainda, que pretende solicitar aos requerentes que complementem seu pedido com as informações e documentos pendentes. “Tão logo recebidos, o conselho de administração tomará as medidas cabíveis para dar regular processamento ao requerido pelos referidos acionistas”.

Recomendação neutra
Boa parte do mercado não se mostra tão otimista assim em relação à tele e o UBS BB chegou a cortar o preço-alvo das ações ordinárias da Oi de R$ 6 para R$ 1,35, potencial de alta de 5,46% sobre o fechamento do dia 20 de janeiro de 2022, reiterando recomendação neutra.
Esse é um quadro que mostra que a escalada das ações, realmente fogem ao padrão dos últimos dias e não há no radar nada que possa ter aditivado os papéis. Por isso o questionamento do xerife do mercado.
O próprio UVS BB disse, em relatório recente, que apesar de a Oi ter saído da recuperação judicial, muito dos pontos de pressão em torno da companhia permanecem.
O banco de investimentos ressaltou que a companhia tem uma dívida bruta de R$ 22 bilhões, deixando a alavancagem em 10 vezes a dívida líquida sobre o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) e sem sinal de acordo com credores.
Dívidas
O UBS BB também apontou que uma renegociação de dívidas com os credores é essencial para sustentar a empresa, uma vez que operacionalmente seus resultados ainda são fracos, mesmo com o crescimento do segmento de fibra óptica.
Ontem a ação OIBR3 encerrou o dia cotada em R$ 2,30, enquanto a ação OIBR4 encerrou cotada em R$ 5,15.
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