A Nvidia (NVDA; NVDC34) acaba de se tornar a terceira empresa norte-americana a ultrapassar o valor de mercado de US$ 3 trilhões, juntando-se a Apple (AAPL; AAPL34) e Microsoft (MSFT; MSFT34) nesse seleto grupo.
O feito, alcançado na última sexta-feira (13), reflete o impacto da inteligência artificial (IA) nos mercados globais e o papel central da Nvidia no fornecimento dos chips que alimentam essa revolução tecnológica.
A corrida pela IA impulsiona a Nvidia
As ações da Nvidia subiram até 4,9%, chegando a US$ 122,89, o que elevou temporariamente seu valor de mercado para US$ 3,02 trilhões, antes de um leve recuo. O crescimento não é um evento isolado: as ações da empresa acumulam uma valorização superior a 140% apenas em 2025, após um salto de 239% em 2023.
Nesta segunda-feira (16), às 11h30 de Brasília, o ativo operava em alta de 1,73% a US$ 144,42.
O principal motor desse desempenho é a demanda por chips gráficos (GPUs) de alto desempenho, fundamentais para processar cargas de trabalho de IA generativa. Esses chips são usados no treinamento e na execução de modelos como o ChatGPT, da OpenAI, além de diversas outras soluções de IA que estão transformando setores inteiros.
Por que os chips da Nvidia são tão valiosos?
A arquitetura desenvolvida pela Nvidia oferece uma combinação de alto desempenho, eficiência energética e escalabilidade, o que a torna praticamente insubstituível no atual estágio da IA. “A Nvidia está no centro da revolução da IA, e os investidores apostam que essa posição se manterá por muitos anos”, explica um analista do setor de tecnologia.
Seus chips são considerados os melhores do mercado para aplicações de IA, garantindo uma vantagem competitiva robusta frente a concorrentes como AMD, Intel e fabricantes emergentes na Ásia.
Riscos no horizonte
Apesar da euforia do mercado, alguns especialistas alertam para riscos potenciais. A avaliação da empresa, que reflete um otimismo extremo, pressupõe crescimento contínuo e acelerado. Qualquer desaceleração na adoção da IA, avanços tecnológicos de concorrentes ou restrições regulatórias pode impactar seriamente o desempenho da companhia.
Além disso, há tensões geopolíticas envolvendo restrições de exportação para a China, um mercado relevante para a Nvidia, além de desafios na cadeia de suprimentos, que já enfrenta limitações na produção dos chips mais avançados.
Perspectivas para o futuro
Apesar dos desafios, o consenso no mercado ainda é positivo. A demanda por soluções de IA segue em expansão, e a Nvidia aparece bem posicionada para atender tanto grandes empresas de tecnologia quanto setores emergentes interessados em adotar inteligência artificial em seus processos.
Os próximos resultados trimestrais, previstos para o final de agosto, serão cruciais para avaliar se a empresa conseguirá sustentar esse ritmo de crescimento e, principalmente, se o mercado continuará disposto a precificar a Nvidia nesse patamar histórico.
