O Nubank (NUBR33) é uma fintech brasileira, fundada dez anos atrás na periferia de São Paulo, tem operações no México e na Colômbia, e ultrapassou o Bradesco (BBDC4) em valor de mercado.
Para se ter ideia, o neobanco vale, hoje, US$ 36,57 bilhões frente os R$ US$ 33,42 bilhões do Bradesco, fundado em 1943. Na sequência, tem o Banco do Brasil (BBAS3), valendo US$ 29,38 bilhões, BTG (BPAC11), valendo US$ 27,97 bilhões, e Santander Brasil (SANB11), com US$ 23,62 bilhões.
O BTG divulgou relatório ao mercado analisando os dois bancos. Os analistas apontam que, embora se possa argumentar que o Nubank provavelmente ajudou a expandir o mercado endereçável de cartões de crédito, é razoável supor que essa participação de mercado (e capitalização de mercado) foi “agarrada” de outros players. Eles compararam os valuations dos grandes bancos em 2019 e agora, e viram que quem mais perdeu valor de mercado nesse período foi o Bradesco.
Nubank (NUBR33): a ação
A ação NUBR33 reporta alta de 80,91% no periodo de um ano. Esta semana a Nu Holdings, controladora do Nubank (NUBR33), comunicou que o colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o novo plano de descontinuidade do programa de BDRs Nível III da companhia.
Desta forma, a fintech já pode fechar o capital no Brasil, e a referida decisão da autarquia permite que os BDRs do Nubank deixem de ser negociados na Bolsa de Valores brasileira no nível III, passando para o I. Vale destacar que a empresa continua com suas ações sendo negociadas na bolsa de Nova York.
A instituição explica que o plano de reestruturação foi concebido para garantir que os BDRs continuem a ser listados e negociados na Bolsa de Valores Brasileira (B3SA3), mas mudem seu Nível de III para I, o que proporciona uma maior eficiência de custos.
Vale lembrar que em setembro do ano passado a empresa informou seus planos para reestruturar o programa de Brazilian Depositary Receipt (BDR) no Brasil, com o objetivo de buscar maior eficiência e continuar a construir valor de longo prazo para investidores e clientes.
S&P Eleva rating
Em relatório encaminhado ao mercado, a agência de classificação de risco S&P elevou o rating do Nubank (NUBR33) de brAA para brAA+, com perspectiva estável, e reafirmou o rating de curto prazo em brA-1+’.
O banco de investimentos destacou a melhora do desempenho financeiro do banco digital nos últimos trimestres.
Enquanto lucrou US$ 185 milhões em critérios ajustados no ano passado, apenas no primeiro trimestre deste ano o Nubank já arrecadou ganhos líquidos de US$ 171 milhões.
A S&P atribui os resultados ao aumento na margem financeira, a uma melhora da eficiência operacional e à capacidade do banco de manter suas despesas com provisões de crédito “gerenciáveis, apesar do maior risco no setor.”
BTG Pactual
O BTG Pactual (BPAC11) tem recomendação neutra para a ação NUBR33, com preço-alvo em R$ 6,20.
“Como sinalizamos recentemente, nos surpreendemos positivamente com o que a empresa conquistou e entregou desde seu IPO. O Nu realmente parece ter “desvendado” o código do produto de cartão de crédito para clientes de baixa renda no Brasil, e provou sua capacidade de ser um produtor de baixo custo”, destacou.
E disse mais: “nossa questão continua sendo o valuation. Embora a recente recuperação das ações pareça bem-merecida devido a um quarto trimestre mais forte, agora vemos o NU negociando a múltiplos mais elevados com um valor de mercado de US$ 23 bilhões (acima do BTG e do BB, um pouco abaixo do Santander e apenas 19% abaixo do Bradesco).”
Com um cenário macro difícil no Brasil (crescimento de crédito potencialmente menor devido a taxas de empréstimos mais altas e NPLs) e as dificuldades (momentâneas) do NU para aumentar seu foco no segmento de alta renda, é difícil justificar o tamanho de seu valor de mercado com base em seu mercado endereçável atual. “O risco/retorno também permanece desfavorável”, concluiu.
Bolsa
A ação NUBR33 encerrou o dia cotada em R$ 6,35.

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