A Natura (NATU3) reduz prejuízo líquido para R$ 1,93 bilhão no terceiro trimestre de 2025 (3TRI25), melhora em relação à perda de R$ 6,69 bilhões apurada no mesmo período do ano anterior. O resultado ainda reflete impactos das operações descontinuadas, que somaram R$ 1,8 bilhão negativos.
A receita líquida consolidada do grupo totalizou R$ 5,19 bilhões, recuo de 13,1% na comparação anual, influenciada pelo desempenho mais fraco da Avon, cuja receita caiu 31,4%, para R$ 852 milhões. Já a marca Natura apresentou leve retração de 4,7%, para R$ 4,05 bilhões, mantendo estabilidade no mercado brasileiro, mas ainda sob pressão em operações internacionais.
O lucro bruto foi de R$ 3,49 bilhões, queda de 13,2% sobre o mesmo trimestre de 2024, com margem bruta de 67,2%, praticamente estável em relação ao ano anterior. As despesas operacionais, por sua vez, totalizaram R$ 3,27 bilhões, alta de 9% frente ao mesmo período de 2024, pressionadas principalmente por custos administrativos e investimentos em tecnologia e inovação.

Natura reduz prejuízo: ebitda recorrente recua 33,7%
O EBITDA recorrente recuou 33,7%, somando R$ 577 milhões, com margem de 11,1%, ante 14,6% um ano antes. O resultado operacional (EBIT) também encolheu quase pela metade, atingindo R$ 225 milhões, o que representa uma margem de 4,3%.
No campo financeiro, a empresa reportou despesa líquida de R$ 431 milhões, mais do que o dobro do valor registrado no terceiro trimestre de 2024. Com isso, o lucro antes do imposto de renda e contribuição social foi negativo em R$ 205 milhões.
Mesmo diante do prejuízo, a companhia ressaltou que o desempenho mostra melhora significativa em relação ao ano anterior, especialmente após a venda da Aesop e o processo de reestruturação de portfólio, com foco na rentabilidade das operações da marca Natura e no reposicionamento global da Avon.
Leia ambém:





