A Defesa Civil de Maceió anunciou que ocorreu um rompimento em parte da mina 18 da Braskem (BRKM5), sendo perceptível em uma área da Lagoa Mundaú, localizada no bairro do Mutange. Desde o alerta inicial de risco de colapso na região, emitido em 29 de novembro, a mina e seu entorno estão desocupados.
A empresa informou que durante seu monitoramento percebeu por volta das 13h15 um movimento atípico de água na lagoa, indicando movimento no solo e um potencial colapso.
O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, afirmou que não há risco iminente de novos rompimentos na área afetada. Ele destacou que a situação agora entrará em um período de desaceleração, afirmando que o incidente ocorreu dentro da área prevista.
Nobre acrescentou que as demais áreas monitoradas por sensores não demonstraram alterações, e o rompimento foi considerado uma ocorrência isolada, com medições de impacto relativamente pequenas. A Braskem (BRKM) informou que “segue mobilizada e monitorando a situação de forma ininterrupta com as autoridades competentes”.
Na sexta-feira, a petroquímica havia confirmado o contato da prefeitura de Maceió com pedido de uma reunião para realinhamento das tentativas de contenção dos danos na capital alagoana.
A mina em questão representa uma das 35 operadas pela Braskem na região para a extração de sal-gema. Ao longo dos últimos cinco anos, desde que surgiram as primeiras rachaduras em residências e vias devido à atividade de mineração da Braskem na área, mais de 14 mil imóveis precisaram ser evacuados em cinco bairros, impactando aproximadamente 60 mil pessoas.
