O Magalu (MGLU3) está sendo levada à arbitragem pelos fundadores da Kabum.
A varejista e os irmãos Leandro Ramos e Thiago Ramos entraram em litígio após a venda do e-commerce de jogos por conta da queda expressiva das ações do Magazine Luiza.
A companhia tem sido pressionada pela alta dos juros que acaba encarecendo o crédito e afugenta sua clientela, que depende de financiamento para adquirir móveis e eletrodomésticos.
Também por conta de uma concorrência ainda mais acirrada, com a entrada de varejistas internacionais no Brasil, em especial as chinesas, que costumam ser mais agressivas em suas ofertas.
Como a aquisição da Kabum envolvia dinheiro e ações, os irmãos se sentiram “lesados” e foram para cima da empresa e do Itaú BBA, que foi quem fez a intermediação do negócio.
A instituição financeira disse, à época, que “ou era o Magalu ou seria a Americanas (AMER3)”, em alusão à empresa adquirente.
Vale lembrar que meses depois a Americanas entrou em um turbilhão de notícias negativas, começando pela suposta “inconsistência contábil” nos balanços da companhia, cujo rombo chegava a R$ 20 bilhões.
Magalu (MGLU) versus Kabum
Levantamento do Valor Econômico destaca que os irmãos entraram com requerimento para abertura de arbitragem contra a varejista, na Câmara de Comércio Brasil-Canadá.
De acordo com o periódico, a alegação é que supostos conflitos de interesse de seus assessores, e que envolveriam o Magalu, teriam sido prejudiciais à dupla e provocado danos financeiros.
Também traz que o valor em disputa atinge R$ 3,5 bilhões, segundo o pedido.
A Kabum foi vendida ao Magalu em 2021.
O jornalão explica que depois que uma das partes solicita abertura de arbitragem, o caso é analisado pela câmara e a outra parte é informada do fato.
A possibilidade de procedimentos arbitrais entre sócios é definida em contratos de aquisição, sendo uma ferramenta comum para tratar de discordâncias sobre termos das transações.
Bolsa
Por volta das 15h15 a ação MGLU3 estava cotada em R$ 3,17.

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